O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) iniciou os preparativos para o evento em memória às manifestações de 8 de janeiro, marcando dois anos do episódio que abalou a democracia brasileira. Diferentemente do ato anterior, realizado no Congresso Nacional e no Supremo Tribunal Federal, desta vez a cerimônia acontecerá no Palácio do Planalto, reunindo as lideranças dos três poderes, ministros de governo e representantes partidários.

De acordo com o blog da Tainá Falcão na CNN Brasil, convites já foram enviados a figuras centrais do cenário político, como Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, e Rodrigo Pacheco, presidente do Senado. Também figuram na lista nomes cotados para liderar as Casas no futuro, incluindo David Alcolumbre (União Brasil-AP) e Hugo Motta (Republicanos-PB). No entanto, até o momento, Lira e Pacheco ainda não confirmaram presença.

O ato ocorre em um contexto marcado por novas tensões políticas, especialmente no debate sobre o projeto de lei que busca conceder anistia a envolvidos nos atos de vandalismo de janeiro. O texto está travado na Câmara e depende da criação de uma Comissão Especial, solução proposta por Lira para evitar conflitos durante a transição da liderança da Casa.

Outro ponto de atenção será a possibilidade de novas denúncias contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e membros de seu governo. O procurador-geral da República, Paulo Gonet Branco, é aguardado para apresentar avanços nas investigações, que incluem também militares e ex-ministros.

Com a recente explosão de um artefato em frente ao STF, o evento ganha ainda mais peso como um símbolo de reafirmação democrática e de apelo por estabilidade institucional. Lula, que solicitou a presença de todos os ministros, busca reforçar o compromisso do governo com a união e a segurança do país.