Brasil

Polícia Federal aponta navio grego como suspeito de derramar óleo no Litoral do Nordeste

Segundo a polícia, o navio atracou na Venezuela em 15 de julho, permaneceu por três dias e seguiu rumo a Cingapura, perto do local do acidente.


01/11/2019

Vista geral de um derramamento de óleo na praia de Peroba em Maragogi, estado de Alagoas, Brasil, outubro de 2019. Foto tirada em 17 de outubro de 2019. REUTERS / Diego Nigro

Portal WSCOM

 

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira (1°) a operação Mácula, com o objetivo de identificar um navio de bandeira grega com petróleo venezuelano como o suspeito pelo derramamento óleo no oceano Atlântico, que posteriormente atingiu praias do Litoral nordestino. 

 

Segundo a polícia, o navio atracou na Venezuela em 15 de julho, permaneceu por três dias e seguiu rumo a Cingapura, perto do local do acidente, vindo a aportar apenas na África do Sul. “O derramamento investigado teria ocorrido nesse deslocamento”, afirmou a PF.

 

Segundo a Superintendência, informações preliminares apontam ainda que o navio grego está vinculado a empresa de mesma nacionalidade, “porém ainda não há dados sobre a propriedade do petróleo transportado”, o que impõe a continuidade das investigações.

 

Os responsáveis, inclusive pessoas jurídicas, podem sofrer penas do crime de poluição previsto no artigo 54 da lei ambiental, bem como o crime do artigo 68 da mesma lei, decorrente do fato de não ter havido comunicação às autoridades acerca do incidente.

 

A PF afirmou ainda que nesta sexta-feira cumpre dois mandados de busca e apreensão na cidade do Rio de Janeiro em sedes de representantes e contatos da empresa grega no Brasil, sem divulgar o nome.

 

O governo brasileiro e a Petrobras já haviam afirmado que o petróleo derramado nas praias do Nordeste, desde o início de setembro, era venezuelano. Nesta semana, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, apontou um navio como responsável, sem dar detalhe.



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