Internacional

EUA têm sexta noite consecutiva de protestos antirracistas após morte de George Floyd

Ao menos cinco pessoas morreram desde o início dos protestos, na semana passada, segundo o jornal "The New York Times". Outras centenas de pessoas foram detidas nas várias cidades onde houve protestos


01/06/2020

'Trump é um terrorista', diz cartaz de manifestante em ato em Washington, nos EUA, neste domingo (31) — Foto: Jim Bourg/Reuters

G1

Manifestantes voltaram às ruas nas principais cidades dos Estados Unidos neste domingo (31), em mais um dia de protestos contra o racismo após a morte do ex-segurança George Floyd. Após um início pacífico, que contou com a participação de policiais em alguns estados, houve novos confrontos e prisões. Dezenas de cidades estão sob toque de recolher.

Ao menos cinco pessoas morreram desde o início dos protestos, na semana passada, segundo o jornal “The New York Times”. Outras centenas de pessoas foram detidas nas várias cidades onde houve protestos.

Motorista avança caminhão contra grupo

Em Minneapolis — cidade estopim para a onda de protestos nos EUA —, um motorista avançou o caminhão sobre grupo de manifestantes que protestavam contra a morte de Floyd.

Segundo a Associated Press, somente o motorista teve ferimentos leves. Manifestantes tentaram agredi-lo após acelerar contra o grupo, mas o homem acabou detido em seguida. Por precaução, o local do incidente ficou isolado.

Caminhão-tanque avançou sobre manifestantes em Minneapolis, nos EUA, neste domingo (31) — Foto: REUTERS/Eric Miller

Fogo perto da Casa Branca

Na capital Washington, centenas de pessoas se dirigiram à Casa Branca, sede do poder dos EUA. Por volta das 20h (de Brasília), a situação ao redor do edifício ficou mais tensa, e policiais foram chamados para evitar que o grupo ultrapasse barreiras de contenção.

Desde a meia-noite desta segunda-feira (1º) a capital americana também entrou em toque de recolher. Bombas de gás foram lançadas contra manifestantes que atearam fogo em carros e objetos. Todas as luzes da Casa Branca foram apagadas por medidas de segurança.

Policiais participam de atos

Em diversas partes dos Estados Unidos, policiais participaram dos atos ao se ajoelharem diante dos manifestantes — um dos símbolos das manifestações, uma vez que Floyd morreu após ser visto com um policial prensando seu pescoço com o joelho.

À agência Associated Press, o chefe de polícia de Camden County (Nova Jersey), Joe Wysocki, disse que viu espaço para diálogo nos protestos antirracistas.

“Sabemos que somos mais fortes juntos, e sabemos que, juntos, em Camden, podemos criar um espaço onde a polícia é focada no apaziguamento e no diálogo”, disse o policial.

Toques de recolher
Como nos últimos dias a maior parte dos tumultos ocorreram durante a noite, ao menos 40 cidades, segundo a emissora norte-americana CNN, terão toque de recolher em toda a área urbana ou em parte delas. Minneapolis, onde ocorreu a morte de Floyd e protestos tensos há quase uma semana, também continuará sob toque de recolher.

Em Atlanta, onde houve cenas de violência no centro da cidade, as autoridades de segurança demitiram dois policiais acusados de uso excessivo da força nos manifestantes.

Guarda Nacional
Militares da Guarda Nacional também atuarão nas cidades onde houver maior tensão, a pedido de governadores. No sábado, o presidente Donald Trump disse que as forças dos EUA estariam “de prontidão” caso precisassem intervir nos protestos.

Pelas redes sociais, Trump parabenizou a atuação da Guarda Nacional nos protestos e criticou a mídia e o movimento antifascista “Antifa”. Em tuíte, ele disse que irá designar o Antifa como uma “organização terrorista”.



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