Os primeiros dias de entendimentos partidários visando novas composições na cena política do segundo turno em João Pessoa mostrou evidente mobilização do MDB de José Maranhão selando apoio ao candidato Nilvan Ferreira do ex-senador Cássio Cunha Lima e o pré-candidato ao Governo do Estado, Romero Rodrigues – todos Bolsonaristas, além do deputado estadual Cabo Gilberto, diante de outro amplo arco de alianças em favor de Cícero Lucena atraindo DEM, PDT, PSC, Solidariedade e PCdoB. Adicione-se ao fato da Rede Sustentabilidade, de Carlos Monteiro e Filipe Leite, terem se juntado ao progressista no segundo turno na Capital.

Ressalte-se a posição de neutralidade do prefeito Luciano Cartaxo e sua candidata Edilma Freire, da mesma forma Ruy Carneiro, Raoni Mendes e Wallber Virgolino, da mesma forma a distância do PSB e seu candidato Ricardo Coutinho.

No exame frio do novo processo fica evidente que a campanha de Nilvan Ferreira passa a se identificar, primeiro com o carimbo bolsonarista a atrair todos os efeitos desta decisão, da mesma forma que ele assume de agora o compromisso com a candidatura de Romero Rodrigues ao governo do estado em 2022.

Ora, diante deste contexto de compromisso antecipado forma-se diante de Cícero um movimento alternativo no cômputo de projeto nacional, da mesma forma que atrai para o candidato do PP uma Frente heterogênea, mas ampliada em favor da eleição do dia 29 de novembro.

JOÃO PESSOA É OUTRA COISA

Nos bastidores da política persiste a análise crítica de que Romero Rodrigues sai de Campina Grande fortalecido pela vitória de Bruno Cunha Lima no primeiro turno, entretanto, pondera de que ele se engana ao projetar vencer João Pessoa com a acordo via Nilvan/Maranhão.

No caso da Capital mais aberta a batida do bumbo é bem diferente, como diria Antônio Cândido do alto da Torre.

Em síntese, a conjuntura projeta uma recomposição de segundo turno mais adequada em favor de Cicero. São os números e seus significados.