Política

Marcelo Queiroga detalha estratégias de vacinação para 2022

O ministro da Saúde falou hoje sobre as estratégias do governo federal para a vacinação contra a covid-19 em 2022.


08/10/2021

(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

WSCOM com g1

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, falou hoje (8) sobre quais serão as abordagens do governo federal em relação à vacinação contra covid-19 para o ano de 2022. Queiroga detalhou ajustes no Plano Nacional de Imunização (PNI) e de estratégias de distribuição e aplicação das vacinas ofertadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Pela primeira vez, os gestores da pasta explicaram alguns dos detalhes já conhecidos da próxima rodada de vacinação. De acordo com o governo, após reunião e debates com especialistas, já está previsto para o próximo ano:

  • Uma dose para pessoas de 18 a 60 anos;
  • Duas doses para pessoas com mais de 60 anos e imunossuprimidos;
  • Vacinação por faixa etária decrescente, e não por grupo de risco;
  • Vacinação seis meses após a imunização completa em 2021 ou dose de reforço;
  • Duas doses para novos públicos, se houver ampliação (crianças e adolescentes);
  • Vacinação heteróloga: cada vacinado recebe imunizante diferente do aplicado no ano anterior;
  • Ao todo, devem ser necessárias 340 milhões de doses;
  • Utilização apenas de vacinas com registro definitivo pela Anvisa, o que exclui atualmente a CoronaVac.

 

Assista na íntegra:

 

Cenário do ‘momento’

O secretário-executivo do ministério, Rodrigo Cruz, afirmou que o debate sobre a campanha 2022 com especialistas envolveu diversas dúvidas e perguntas, tais como qual será o público-alvo da vacinação, quais imunizantes usar e quando aplicar as doses. “Hoje o mundo não tem essas respostas”, disse Cruz.

“Diversos cenários foram elaborados e levamos em consideração de 2 doses caso tenha ampliação de publico alvo, como menores de 12 anos. Para o público de 18 a 60 anos, vai ter 1 dose. E mais de 60 e imunossuprimidos, vão ter 2 doses. Esse é o cenário escolhido para 2022 e por faixa etária decrescente. Nesse primeiro momento”, reforçou Cruz.

Apesar disso, Cruz ressaltou que o governo já tem um planejamento básico previsto. Ainda não há, por exemplo, definição sobre os adolescentes.

“Esse é um planejamento que temos hoje, lembrando que esta sujeito a alteração, devido o surgimento de novas evidencias. E caso mostre a necessidade de mais vacinas já temos os instrumentos para comprar”, disse Cruz.

Eficiente e fim da pandemia

No dia em que o Brasil atingiu 600 mil mortes, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que o Brasil terá 354 milhões de doses de vacinas disponíveis para a campanha de imunização contra a Covid-19 em 2022.

Ele afirmou que vê um cenário positivo da pandemia no país, se comprometeu com uma campanha de vacinação ‘eficiente’ em 2022 e disse que o próximo ano será marcado pelo “fim de pandemia”.

“O cenário é positivo e asseguro que os brasileiros vão ter uma campanha eficiente em 2022 e vai ser o ano do fim da pandemia da Covid” – Marcelo Queiroga, ministro da Saúde

Uso da CoronaVac

O ministro disse que pode considerar o uso da CoronaVac no próximo ano caso o Instituto Butantan obtenha o registro definitivo da vacina junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Atualmente, o imunizante tem apenas o registro emergencial.

Nesta semana, o Ministério da Saúde informou à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 que tem a previsão de deixar de usar o imunizante CoronaVac na vacinação em 2022 por dois fatores: primeiro, o status de aprovação emergencial, e a segunda justificativa seria a “baixa efetividade entre idosos acima de 80 anos”.

O Instituto Butantan contestou o ministério. “A informação é equivocada, já que todas as pessoas idosas têm resposta imune inferior a outras faixas etárias, o que ocorre com todos os imunizantes”, afirmou o Butantan nesta sexta (8).

 



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