As primeiras memórias no bairro da Torre, lá no início dos anos 60 quando a cidade convivia com marinetes, sem saneamento e uma fase de transformação urbana, me vem à memória a figura do prefeito Damásio Franca pra cima e pra baixo andando pelas ruas num perfil de prefeito bem diferente dos tempos recentes e atuais.

Poucos se lembram, mas foi Damásio Franca quem adotou em 1970 as medidas para “rasgar” a Avenida Adolfo Cirne e alargar até a beira do Rio do Paul (Rio Jaguaribe) transformando-a em Avenida Beira Rio e/ou José Américo de Almeida. Maria Júlia (nossa mãe in memorian eterna), eu e Duda também fomos tragados pela modernização, pois morávamos nesta avenida. Eis a causa da mudança para o Castelo Branco.

Pois bem, moleque lá Torre vez em quando dava uma escapulida indo até o campo do Botafogo ( hoje Espaço Cultural) ver os treinos do Belo e, adentrando no Bairro dos Estados, lá na esquina por trás do antigo Paraiban moravam o prefeito e a Senhora de perfil singular chamada Ilzeni Franca, hoje de partida eterna.

Ela e seus filhos e filhas nunca souberam l, mas logo cedo me impressionava com a conduta de Dona Ilzeni de criar 9 filhos bacanas com moral inabalável, mesmo ficando viúva. Um exemplo típico de mulher forte e realizadora sem precisar usar nenhum clichê.

Era poderosa, posto que seu marido chegou até a ser presidente da maior referência de poder social da cidade, o ECCB, também exercido pelo filho Roberto, mas nada lhe afastava da conduta firme ao mesmo tempo simples, sem holofotes.

Eis o resumo distante de uma fase histórica em que a vida sempre permitiu oportunidade para todos se distinguirem ou não, mas em tempo de terror registrado em escolas de forma absurda e inaceitável, fica o exemplo de Dona Ilzeni para todos os filhos da Capital do Estado, inclusive os meninos da Torre. Eis mais uma professora irretocável da vida .

SOLIDARIEDADE A QUEM FICA

Em tempo, registramos nosso afeto e pêsames aos filhos Paulo, Walkiria, Damásio, Helena, Chico, Joca, Roberto, Neto e Roberta mais os 34 netos, 50 bisnetos e 2 tataranetos.

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“O nome/ a obra imortaliza…”