Walter Santos

Multimídia e Analista Político.

Geral

A disputa na OAB, Bertrand e Margarida Alves


12/08/2015

Foto: autor desconhecido.

{arquivo}Agosto delineia por fatos e leituras diferentes as várias situações a envolver a forte categoria dos advogados do Brasil, da Paraíba em particular, este ano com três candidaturas já postas – Carlos Frederico, Carlos Fábio e Paulo Maia, em ambiência onde, ao lado, o Ministério Público Estadual convive com a renovação do mandato do Procurador Geral de Justiça, Bertrand Asfora. Mas, nestes dias de chuva e sol, não se pode ignorar a expressividade do encontro das mulheres do campo do Brasil reverenciando as lutas e morte de Margarida Maria Alves, de Alagoa Grande-PB.

Como tanto exigem os professores do bairro da Torre, vamos abordando os assuntos por partes.

NA OAB, DISPUTA ACIRRADA

Três candidatos postos – Paulo Maia, Carlos Fábio e Carlos Frederico – passam a disputar o qualificado colégio eleitoral dos advogados da Paraíba com históricos reconhecidos, entretanto, a lógica do processo passa além do aspecto individual porque traduz como referência a gestão Odon Bezerra – esta no foco de toda conjuntura.

Por esse caminho, Carlos Frederico é o candidato de Situação apoiado abertamente por Odon Bezerra e demais diretores atuais da Ordem. Este aspecto tem fator positivo enquanto significa apoio da máquina,sempre influente, e com ele o saldo do que possa ser computado de positividade.

Mas há desgaste em curso, por conta do envolvimento político – partidário de Odon Bezerra nos últimos tempos, algo que produz criticas duras de setores da OAB porque consideram esse contexto aproveitamento da Ordem em beneficio pessoal.

O SURGIMENTO DA OPOSIÇÃO

Os desgastes de Odon e a escolha dele por Carlos Frederico fizeram surgir candidaturas de Oposição.A primeira delas é a do advogado Carlos Fábio, antes ligado ao grupo situacionista, mas que se rebelou contra a opção de Odon Bezerra daí ter se lançado à disputa.

Carlos Fábio tem histórico de lutas, desde os tempos de DCE quando militou ao lado do irmão de Carlos Frederico, o senador Lindbergh Farias, da mesma forma que tem registro qualificado na categoria, entretanto, até agora não se vê uma adesão massificada à sua candidatura.

É tanto que está em curso o projeto do professor Paulo Maia, conceituado na academia e na advocacia, surgindo como uma alternativa qualificada mesmo assim ainda sem uma dimensão onde pode chegar. Vai depender dos apoios que possa granjear e da proposta que apresentará ao conjunto dos advogados.

Afora todo este contexto, ainda se faz necessário admitir o fator da linguagem e do tom da disputa porque pode até ter baixo nível com acusações grotescas, daí a prudência para aguardar os desdobramentos.

A dados de hoje o quadro é mais favorável para Carlos Frederico, entretanto, aOposição deve crescer  mesmo enfraquecendo-se ao se dividir, por isso eleição – como dizem os experts eleitorais da Torre – “é como mineração, só depois da apuração”.

BERTRAND ASFORA, O NOVO LIDER

{arquivo}Jeito manso, aparentemente monossilábico, mas eis que o Promotor de Justiça, Bertrand Asfora, se consolidou definitivamente como liderança inconteste do Ministério Público Estadual.

Transformou-se em gestor de resultados e com conceitos dentro e fora da categoria a impressionar, sobretudo aos que desconheciam sua habilidade de trabalhar eleitoralmente a partir do saldo de sua gestão.

A nomeação pelo governador Ricardo Coutinho é apenas um atestado de reconhecimento ao novo líder.

MARGARIDA MARIA ALVES

{arquivo}A Paraiba não deu a mesma dimensão que Brasilia ofereceu à memória da sindicalista Margaria Maria Alves morta há 32 anos atrás quando defendia as lutas dos trabalhadores rurais que, durante muito tempo, viveram em condições sub-humanas.

Na Capital Federal, as mulheres do campo do Brasil reverenciaram a paraibana como símbolo de lutas em busca de conquistas sociais para todas as mulheres do País.

Never more (nunca mais) podemos aceitar tamanha barbaridade contra a luta dos trabalhadores rurais do mundo.

Última

“O olho que existe/ é o que vê…”
 


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