A falta de oportunidade, o descaso com a população dos bairros mais periféricos e o abandono do poder público em várias regiões de João Pessoa foram criticados pelo deputado federal Ruy Carneiro, que defende uma cidade mais igual para população pessoense. O parlamentar ressaltou as ações que têm realizado junto às instituições que cuidam das pessoas em situação de vulnerabilidade social e lamentou a última posição ocupada por João Pessoa no ranking de desigualdade no Brasil.

Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (5), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, revelando que a capital paraibana despencou da nona para a última posição entre as cidades avaliadas.

“João Pessoa não pode crescer desprezando e excluindo os mais pobres. É preciso tratar a população de maneira mais igual, priorizando as ações para as pessoas mais vulneráveis. O que temos visto nos últimos anos são gestões que pensam apenas em beneficiar grupos específicos, esquecendo de garantir as mínimas condições para quem mais precisa”, condenou Ruy.

O deputado afirmou que tem cobrado os poderes públicos por ações mais efetivas de combate à pobreza, além de contribuir com instituições que atuam diretamente no suporte às pessoas de baixa renda.

“Como deputado, tenho apoiado entidades que desenvolvem trabalhos em comunidades de baixa renda. A exemplo Associação São José, Doce Mãe de Deus, Filhos da Misericórdia e tantas outras. Elas atuam na distribuição de alimentos, suporte psicossocial e muitas delas oferecem capacitação profissional e abrem as portas do mercado de trabalho. Isso ajuda a retirar famílias da linha da extrema pobreza e dar dignidade principalmente para aqueles que foram esquecidos pelos gestores públicos”, acrescentou.

Os dados do IBGE utilizam como base o índice de Gini, que mostrou que a capital paraibana (0,629), ultrapassou São Paulo (0,585), no quesito desigualdade em 2023. Segundo os números, João Pessoa está na contramão da grande maioria das cidades do país. Muitas delas conseguiram reverter esse índice, à exemplo de Recife (0,549), Natal (0,583) e Maceió (0,516).