O ministro Alexandre de Moraes, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), restituiu o diretório do PROS da Paraíba ao grupo contrário ao apoio a Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os diretórios haviam sido desfeitos pelo presidente do partido, Eurípedes Júnior, que apoia a candidatura do ex-presidente Lula à Presidência da República.

Com a decisão, o comando foi devolvido à Comissão Provisória do PROS na Paraíba, presidida por Adauto Tavares Leite, até o julgamento definitivo. Entretanto, Gilvan Raposo de Melo Júnior que havia sido designado como novo presidente no lugar de Adauto, disse que decisão tomada por Alexandre de Moraes não muda nada entre as lideranças da Paraíba.

Na medida cautelar, o ministro Alexandre de Moraes diz que a deliberação foi tomada em virtude dos prazos eleitorais. “Nesse cenário, estando presentes a plausibilidade do direito invocado (ausência do contraditório na dissolução da Comissão Provisória) e o perigo da demora (prazo em curso do registro de candidatura), é caso de deferimento da medida cautelar”, cita trecho da decisão.

A mudança acaba favorecendo o grupo capitaneado pelo deputado federal e candidato ao governo da Paraíba, Pedro Cunha Lima (PSDB) e pelo candidato ao Senado na mesma chapa, Efraim Filho, que tem André Amaral, filiado do PROS, como seu candidato à primeira suplência.

Apesar da decisão, o ex-presidente do partido, Gilvan Raposo assegurou, em entrevista a rádio Arapuan FM nesta quarta-feira (10), a manutenção do apoio da legenda ao projeto de reeleição do governador João Azevêdo, do PSB.

“O nosso entendimento é que essa decisão é equivocada, por isso que o partido vai recorrer. Até aqui não há nenhuma alteração, o comando nacional é que formalizou o apoio e esse apoio está mantido em prol da reeleição de João Azevêdo”, assegurou.

Gilvan é aliado do governador João Azevêdo, assim como a vice-prefeita do Conde, Karla Pimentel, conduzida à vice-presidência do PROS na Paraíba. Ele ainda adiantou que o partido irá recorrer da decisão.