O desembargador do Tribunal de Justiça da Paraíba, Ricardo Vital de Almeida, responsável pelos autos da Operação Calvário, emitiu ofício ao gabinete do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). No documento, o magistrado paraibano faz um alerta sobre os riscos de colocar em liberdade Coriolano Coutinho, irmão do ex-governador Ricardo Coutinho, preso na sétima fase da Operação Calvário, em 17 de dezembro.

O ministro Gilmar Mendes será o relator de habeas corpus protocolizado no STF pelos advogados de defesa de Coriolano Coutinho, e de mais outros oito denunciados pela Operação Calvário.

A informação foi veiculada nesta quarta-feira (12) pelo site O Antagonista. “Em ofício encaminhado ao habeas corpus de “Cori” no STF, o magistrado diz que, além de responsável pela coleta de propinas, ele também tem poder de intimidar testemunhas com dossiês ou mesmo atos de violência, “pelo domínio que exerce sobre as forças policiais”, diz trecho da matéria.

“Existe risco concreto de o investigado interferir nas investigações, mediante contato ou ameaças a pessoas, testemunhas e investigados, inclusive ocultando ou fazendo ocultar elementos de prova importantes à elucidação dos fatos investigados na Operação Calvário”, diz trecho do ofício.