Política

Após ciúme de Bolsonaro por elogios a Lula, Valdemar promete mudanças na comunicação do PL

Presidente do PL, Valdemar Costa Neto, também foi aconselhado por parlamentares bolsonaristas a submergir nos próximos dias, visando evitar novos embates com o ex-mandatário


16/01/2024

Valdemar Costa Neto e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução/Youtube)

Brasil 247



Após ser duramente criticado por Jair Bolsonaro (PL), o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, decidiu acertar suas diferenças, encerrando o episódio que gerou desconforto na ala bolsonarista do partido. Segundo a coluna do jornalista Igor Gadelha, do Metrópoles, Valdemar e Bolsonaro trocaram mensagens recentemente e, de acordo com um interlocutor ouvido pela reportagem, o mal-estar decorrente dos elogios feitos por Valdemar ao presidente Lula (PT) “está superado”.

Segundo aliados de Valdemar, o presidente do PL pretende implementar mudanças tanto na comunicação do partido quanto em sua própria abordagem pessoal. Essas áreas são alvo de críticas e reprovação entre os bolsonaristas mais radicais que integram o partido.

Valdemar procurou parlamentares alinhados a Bolsonaro para avaliar os impactos de seus elogios a Lula. Entre as conversas realizadas na segunda-feira (15), destacam-se os diálogos telefônicos com o senador Magno Malta e o deputado federal Sóstenes Cavalcante, ambos representantes da ala bolsonarista. A avaliação foi de que o presidente do PL não agiu intencionalmente de maneira equivocada, mas sim devido ao histórico do partido, que já esteve alinhado a gestões do PT.

Os membros da ala bolsonarista também minimizaram a reação de Bolsonaro, que mencionou a possibilidade de “implosão” do PL devido às “declarações absurdas” feitas por Valdemar. Sóstenes e Magno Malta destacaram que a fala de Bolsonaro poderia ser mais uma resposta à militância do que uma expressão de irritação direta com o presidente do partido.

“Nesse cenário, o presidente do PL foi aconselhado por parlamentares bolsonaristas a submergir nos próximos dias, para que o assunto seja esquecido e a crise arrefeça”, destaca a reportagem.


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