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Skank anuncia pausa na carreira no fim de 2020: ‘Não precisa de decadência ou guerra’

Em 2020, quando completa três décadas, o Skank fará a turnê 30 Anos, embalada por coletânea de 30 hits da carreira e uma canção inédita.


03/11/2019

Foto divulgação

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Já são três décadas de sucesso, com muitos prêmios, dez discos de estúdio, hits no passado e presente e que, na atual turnê, casas lotadas em todas as capitais por onde passou. Assim é o Skank, que decidiu fazer uma parada na carreira, marcada para começar no final de 2020.

 

O quarteto resolveu fazer uma pausa. “Não precisa nem da decadência, nem da guerra para terminar alguma coisa”, diz o vocalista e guitarrista Samuel Rosa. “É um grande desafio pessoal para cada um. Pode ser extremamente saudável nos reinventarmos, tentarmos coisas diferentes, ter esse espaço para liberdade criativa”, completa o tecladista Henrique Portugal.

 

Em 2020, quando completa três décadas, o Skank fará a turnê 30 Anos, embalada por coletânea de 30 hits da carreira e uma canção inédita. Vai correr o Brasil todo e as datas serão anunciadas em janeiro, quando dão início ao desfile de sucessos que acumularam até agora.

 

Tomada de rumos inesperados não é algo esquisito à banda. Basta lembrar que explodiram nos anos 90 com uma mistura de dancehall, rock e música brasileira e na virada do milênio deram uma guinada para sonoridade mais retrô, influências de Beatles, Clube da Esquina e mantiveram a estatura como banda com Maquinarama e Cosmotron.

 

“(Chegou a hora de) Cada um olhar para si. É hora de experimentarmos, ainda que demos com os burros n´água. Quero me testar fora do Skank, me ver em um círculo de músicos fora do que sempre transitamos. Há muito ainda a descobrir”, diz Samuel. “Nosso grande compromisso é com o público e no cuidado com a carreira. Não acreditamos que é preciso estar em baixa para dar uma parada, não precisa ser trágico, nem problemático”, endossa o clima amistoso na decisão o baixista Lelo Zaneti.

 

“Quando parávamos era por seis meses. E ficávamos esses meses em estúdio para gravar um disco. Quando falei para pessoas próximas, a reação foi: ‘Até que enfim você vai descansar’. E quem disse que eu quero descansar?” (risos), afirma o baterista Haroldo Ferretti. “Mas o bom é inimigo do ótimo. Então vamos parar enquanto está bom pra cacete”, conclui.

 

Os quatro, mesmo sem combinarem, falam no timing estratégico de final de ciclo. “Mesmo que o Skank tenha tido mudanças dentro de sua estética até agora, certas coisas são impossíveis de mudar quando se trata de uma relação dos mesmos quatro indivíduos. Quem sabe se hoje individualmente não sejamos melhores do que coletivamente?”, questiona Samuel.

 

Henrique segue a mesma linha de raciocínio: “É legal ver nos shows atualmente uma nova geração, pessoas que conheceram a banda recentemente. É resultado de prezarmos pela qualidade e não pela quantidade. Dessa forma, conseguimos ter músicas conhecidas nas três décadas. Isso até hoje permitiu que não nos tornássemos covers de nós mesmos”.

 

Prova disso é que uma das músicas mais tocadas é o single recente Algo Parecido, que já soma mais de 31 milhões de plays no Spotify e 12 milhões de views no Youtube. Que seja a senha para um próximo capítulo, que começa com a turnê e depois se divide em quatro.



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