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Sheinbaum minimiza ameaça de tarifas de Trump: ‘Estamos preparados’
03/03/2025

Claudia Sheinbaum na cerimonia de posse no Congresso mexicano. Foto: Carl de Souza / AFP
Redação WSCOM
A presidente eleita do México, Claudia Sheinbaum, declarou nesta segunda-feira (3), que o país está pronto para lidar com possíveis tarifas comerciais impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A afirmação foi feita em meio a preocupações sobre as declarações de Trump, que já indicou a intenção de adotar medidas mais rígidas em relação ao comércio com o México a partir da próxima terça-feira (4).
Sheinbaum destacou que o México tem uma economia forte e preparada para enfrentar desafios externos. “Seja qual for a decisão, temos um plano. Há uma comunicação constante com as diferentes áreas, tanto de segurança quanto de comércio, e vamos esperar para ver o que acontece. Precisamos ter compostura, serenidade e paciência.”, disse Claudia.
A relação comercial entre os dois países é essencial para ambas as economias, especialmente devido ao Acordo México-Estados Unidos-Canadá (T-MEC), que regula o comércio na América do Norte. Durante sua primeira gestão, Trump ameaçou impor tarifas a produtos mexicanos como forma de pressionar o governo a reforçar medidas contra a imigração irregular.
Especialistas apontam que uma possível imposição de tarifas poderia impactar setores-chave da economia mexicana, como o automotivo e o agrícola, além de afetar empresas americanas que dependem da cadeia produtiva no México. No entanto, Sheinbaum garantiu que seu governo buscará diálogo e estratégias para mitigar qualquer impacto negativo e reforçar a importância da cooperação entre os países, destacando que qualquer mudança nas relações comerciais deve ser negociada dentro dos termos do T-MEC.
A declaração de Sheinbaum reforça a postura do México de se preparar para cenários adversos sem ceder a pressões externas, garantindo que a economia continue crescendo e mantendo sua posição como um parceiro estratégico no comércio internacional.
Trump tem defendido a aplicação de uma tarifa de 25% sobre todas as importações mexicanas e canadenses, além de uma taxa extra de 10% para o setor de energia do Canadá. Líderes empresariais e economistas alertam que a medida pode representar um grande impacto negativo para a economia dos Estados Unidos, já que o comércio com esses dois países movimenta mais de US$ 900 bilhões por ano e é essencial para diversas cadeias produtivas. De acordo com a Reuters, a decisão ocorre em meio a negociações de última hora sobre segurança na fronteira e estratégias para conter o tráfico de fentanil, um opióide altamente viciante.
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