Música

RVST lança seu terceiro EP, “Electrified”


05/10/2021

Portal WSCOM



 Após a parada forçada na roda do mundo pela crise pandêmica, RVST  apresentará, no dia 15/10, o seu terceiro trabalho. Trata-se ‘Electrified’ EP: um disco ligado em alta voltagem, que dissipa uma dose incomum de energia, concentrada ao longo do último ano em um apartamento na capital gaúcha, em pleno isolamento social.

 O artista produziu o material sozinho em seu quarto-homestúdio, apropriando-se do silêncio pasmado e repentino que tomou a ruidosa avenida Protásio Alves, onde se deu a produção. O resultado, nesta coleção de 5 faixas ambiciosas e pungentes, consiste, segundo o artista, no melhor trabalho de RVST até aqui.

Ouça agora: https://soundcloud.com/user-429321771/sets/rvst-electrified-2021-ep-press

O ARTISTA

RVST é a enigmática rubrica que circula pela noite roqueira de Porto Alegre desde 2015. Idealizado como projeto solo de Rust Costa Machado – cantor-compositor –, RVST apresenta em sua recente discografia um estilo próprio de fazer rock – seja no trabalho vozes, no desenho melódico, no uso do inglês, ou colocando a música pop entre o solene e o visceral. A mistura desses elementos com a com uma descarga de guitarras distorcidas e andamentos frenéticos, eis o que se pode ouvir no novo álbum “Electrified”.

 

COMENTÁRIO FAIXA-A-FAIXA

O poderoso hino powerpop ‘My Violent Friend‘, situada no calor político do Brasil atual, ganha um videoclipe que celebra a tomada das ruas e o embate contra a ótica distorcida dos setores conservadores. Já a faiscante faixa-título é uma rápida e lampejante descarga sonora, com um refrão bubblegum e um audacioso solo de guitarra de um take só (e suas implicações). No coração da obra, a porrada melódica ‘Letter to Self’, em levada alucinante, vozes que ecoam longe e a fricção magnética das guitarras de Rust e Clauber, seguida da apaixonante balada de ambíguo título ‘Talk Dirty (to God)’. O EP fecha com ‘Behold! The Monsters’, meditativa e autoanalítica balada dreampop, que também terá videoclipe.

PRODUÇÃO E CANÇÕES

O EP possui uma ambientação tão doméstica que poderia ser chamado de domestic pop, e ainda que traga faixas já testadas ao vivo, o cotidiano melancólico e ansioso do isolamento é o que permeia suas 5 faixas. A produção técnica foi o mais elementar possível (uma laptop pessoal, uma placa de som convencional, instrumentos e microfones pessoais e de amigos). As temáticas e humores variam dentre aqueles possíveis durante um ano de isolamento social numa cidade parada, num governo desastroso, num mundo estacionado em uma pandemia: a raiva e (alguma) consciência política (My Violent Friend), a energia represada no isolamento (Electrified), o autoconhecimento e a vã tentativa de não se levar a sério demais (Letter to Self), o amor romântico sui generis (Talk dirty: to God), e a busca pela entrega do que afinal temos de melhor para entregar (Behold! the Monsters).

A produção foi inteiramente realizada por Rust Costa Machado, da composição à masterização (estreia), passando pela execução de instrumentos (bateria, guitarra e baixo) e dos vocais principais. Clauber Scholles (guitarrista, produtor) e Taísa Ennes (cantora, cineasta), que atuam com RVST no palco, colaboraram remotamente.



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