A Polícia Militar de São Paulo identificou dois torcedores corintianos envolvidos no caso da cabeça de porco arremessada no gramado da Neo Química Arena, durante o clássico contra o Palmeiras, que terminou com a vitória do Corinthians por 2 a 0. Um terceiro indivíduo, conhecido nas redes sociais como Rafael Modilhane, ou “Cicatriz”, também está sendo investigado por sua participação no incidente.

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Rafael, com cerca de 15 mil seguidores no Instagram, publicou um vídeo exibindo a compra da cabeça de porco no Mercado Municipal de São Paulo. No vídeo, ele afirma que o gesto visava desestabilizar o Palmeiras, aproveitando-se do antigo apelido do clube rival. Esse ato, segundo a Polícia, faz parte de uma tentativa de provocar os palmeirenses e, agora, tornou-se alvo de uma investigação formal.

Os dois torcedores presentes no estádio foram conduzidos ao Jecrim (Juizado Especial Criminal) e enquadrados pela prática de tumulto, como previsto pelo artigo 201 da Nova Lei Geral do Esporte, que criminaliza promover tumultos, incitar violência ou invadir locais restritos aos competidores. Com o boletim de ocorrência registrado pela Drade (Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva), o Ministério Público de São Paulo agora avalia se oferecerá uma denúncia formal para abertura de uma ação penal ou se solicitará à Drade que realize novas investigações.

Os suspeitos, liberados após a identificação, recusaram-se a pagar um acordo de transação penal proposto pelo Ministério Público, que estipulava uma multa de R$ 4 mil para evitar a instauração de inquérito.