A Vice, Campina e o Futuro

Da parte da Oposição – leia-se Maranhão e Frente de Esquerda, além do PMDB – há uma tensão mantida por muita “gente à flor da pele” fazendo os mais esquisitos prognósticos a partir de duas perguntas simples: quem será o Vice do senador José Maranhão e o que vai acontecer depois do seu anúncio definitivo?

Nesse contexto, atento à cena política, fico a indagar como a Oposição está avaliando e/ou colocando a cidade de Campina Grande nesse contexto de composição e, principalmente, resultado futuro.

Tem sido, de fato, levada a sério como precisa? A Oposição se dá conta que é nessa cidade onde Cássio, o adversário ascendente, pode garantir possível vitória acachapante? Afinal, para que serve Campina na composição final do resultado eleitoral?

A rigor, longe da Coluna estimular uma cisão ou conflito aguçado entre Campina e João Pessoa – sabendo-se por antecipação das suas importâncias especificas e históricas, mas é que, em 2006, mais uma vez Campina pode ter condição decisiva. É fácil de entender, inclusive.

Na disputa em torno da Vice é indiscutível abrigar e respeitar a relevância da Capital e do prefeito Ricardo Coutinho no processo, da mesma forma que o PSB (consequentemente) e, na rebaba – leia-se como fator circunstancial – está o PT e, mais abaixo (eleitoralmente) o PC do B.

Ora, cada um dos partidos e suas lideranças julgam-se superior ou, no caso RC, em prevalência em face do tamanho eleitoral dos agentes envolvidos. Isso é verdadeiro tanto quanto a indagação: e Campina, como será tratado nesse contexto, levando em conta (repito) a prevalência de Cássio como filho da terra e 3 vezes prefeito?

Na verdade, esse componente de Campina é o que menos tem sido levado em conta pela Frente de Esquerda, pragmática, e interessada mesmo em 2010 – onde presume- se haverá uma cena a abrigar novo contexto da sucessão – e, nesse caso, é importante ter a Vice como suporte – isso na hipótese de vencer primeiro a eleição em outubro agora.

Só que, se não levar em conta Campina, quem sai rindo à toa é exatamente Cássio – o beneficiado no discurso que repetirá o ‘desapreço’ de Maranhão à cidade, caso não tenha a Vice ao seu lado. Alias, mesmo tendo será uma barra diminuir o tamanho da vitória do atual governador, imagine sem essa condição.

Não achem absurdo que, mesmo com Veneziano tendo a maquina produzindo contra-ponto a Cássio, sem a Vice ficará difícil conter a estrutura do governador a querer repetir o mesmo resultado contra Roberto que, em síntese, deu a vitória consagradora a ele.

Sei não, mas o pragmatismo é este: sem Campina na atual sucessão, a Oposição tende a ‘comer fogo’ com a pujança eleitoral de Cássio, principalmente se a vice não for da cidade.

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