Em todas as eleições passadas na OAB/PB comumente a Situação venceu, até chegar Paulo Maia, atual presidente, surpreendendo a superestrutura de plantão e de Carlos Frederico diante das circunstâncias. À época, foi um duro recado à gestão em curso como a dizer que ela não podia tudo.
A situação de agora parece ser semelhante, daí buscarmos entender e/ou esclarecer.
SENTIMENTO DE MUDANÇA
Nos bastidores lá atrás havia sentimento de mudança por vários fatores, entre eles a omissão da Ordem nos interesses da classe por saturação de modelo e realidade. Há algo parecido na conjuntura atual, apesar da força da máquina fazer resistir impondo a força do Poder.
A dados desta quinta-feira estamos diante de uma realidade especial onde, mesmo com a caneta da Situação, diversos sintomas produzem a admissibilidade de vitória da Oposição por aspectos a serem evidenciados a partir da inexistência da gestão no trato das medidas na Pandemia para evitar o empobrecimento real da categoria e a perda do status nas relações jurídicas e sociais.
A OAB perdeu tanto prestígio na sociedade e no meio jurídico, que a candidatura do reconhecido Harrison Targino por mais que tenha tentado defender herculeamente não conseguiu reparar tantas perdas e ausência de protagonismo da OAB porque obras prometidas, como a do Altiplano, geraram reações contraditórias e no caso negativas por falta de prioridade e consulta à classe.
Comumente, a Situação sempre vencia com a divisão da Oposição mas a dados de hoje é a Situação, em tese, que se dividiu.
KIU: TAMANHO REAL
A novidade da atual disputa foi a presença da advogada Maria Santiago com perfil elegante e inteligente entre academia e mercado, mesmo que sua identidade maior pareceu se alinhar à academia e neste aspecto a conjuntura dos advogados pareceu mais forte no mercado diante das graves adversidades.
Este componente do balcão diário ela não tinha intimidade pelos dados.
O FENÔMENO RAONI
Ninguém antes da campanha imaginava a ascensão vivenciada pelo advogado Raoni Vita que soube se impor como Oposição mais autêntica e, além de tudo, atuar com desconstrução dos discursos de Harrison e KIU com argumentos convincentes.
Observação: tratando dos assuntos mais urgentes dos advogados e advogadas.
Por exemplo: segundo repetiu sempre, Maria Santiago era aliada de Paulo Maia até antes do anúncio de Harrison, da mesma forma que o discurso de KIU apontando que Harrison trocou a OAB pela militância política no Governo Cássio quando da morte do presidente Arlindo Delgado, pois era Vice na época, é fato a repercutir na categoria. Na conveniência não priorizou a categoria.
Em síntese, não há como negar o crescimento de Raoni após os debates com performance bem mais consistente e argumentada diante dos muitos problemas gerados pela gestão Paulo Maia e seus efeitos.
PARA CONCLUIR
A máquina pode muito mas nesta 5a feira ninguém se surpreenda se a Oposição em torno de Raoni Vita vencer. Construiu campanha ascendente até aqui para possibilitar esta alternativa.
Em tempo: toda a conjuntura reflete a realidade de omissão do brilhante professor Paulo Maia na fase da Pandemia, as desatenções conjunturais a enfraquecer a categoria e até os efeitos do escândalo de assédio sexual com tratamento desconforme.
Em síntese, as urnas agora vão se pronunciar.