Não há em nenhum lugar do País quem não se refira ao brasileiro – paraibano “Amigo Velho de Guerra” Vladimir de Carvalho pelo seu empenho em construir a mais importante influência do cinema brasileiro a partir do segmento de Documentários, onde ele foi o maioral. Inexiste algo parecido na dimensão de sua contribuição.

Quinta-feira dolorosa na qual perdemos a figura genial, simples como poucos e engajado em lutas de forma inusitada, como Vladimir defendendo melhorias para o Brasil pela condição de brasileiro comprometido em lutas progressistas, pois era comunista, sem fazer desta condição nenhuma exposição voltada ao personalismo. Nunca.

ARUANDA E MARIZ

Poucos sabem mas em vida tivemos conversas especiais a envolver Vladimir com Mariz porque foi o ex-governador e líder político singular que, como prefeito de Sousa em 1963, patrocinou a produção do filme lendário “ País de São Saruê”. Conversávamos os três muito sobre esta fase em que denunciava a morte morrida de muitos sertanejos. Mariz e Vladimir eram comprometidos com as mesmas lutas.

Com Vladimir, soberanamente simples, dialogamos no início dos anos 2000 lá no então Hotel Tambaú sobre nossa disponibilidade de construir com ele um Festival Nacional de Cinema em João Pessoa para homenagear a produção paraibana/nordestina.

Falamos sobre esse filme histórico dentro da fase do “Cinema Novo” porque estávamos combinando depoimento dele sobre Antônio Mariz, pois há tempo buscamos concretizar o Documentário – “ MARIZ – a Utopia do SER TÃO”. Ele adorava essa conversa.

Ele, com sua simplicidade peculiar, me disse: “olha, sua iniciativa me comove, mas acabei de assumir compromisso de apoiar identifica iniciativa proposta e aceita pelo inquieto Lúcio Vilar”. A partir daí mudamos o foco para reforçar a oportunidade recém criada.

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“ O nome / a obra imortaliza”’