Membro mais antigo do COI diz que Tóquio 2020 corre risco de ser cancelado se coronavírus seguir forte até maio

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Faltam 153 dias para os Jogos Olímpicos de Tóquio, ou seja, pouco mais de cinco meses. No entanto, a garantia de que as competições serão mesmo realizadas depende do controle do coronavírus. Na visão de Dick Pound – desde 1978 no Comitê Olímpico Internacional (COI); é o membro mais antigo da organização – os responsáveis pelo evento devem ter até três meses para tomar uma decisão segura. Se a situação ficar incontrolável por volta de maio, o cancelamento parece uma realidade.

– Você provavelmente está visualizando um cancelamento (se o vírus ficar incontrolável em maio). Essa é a nova guerra e você tem que encarar isso. Por volta dessa data, eu diria que o pessoal vai ter que perguntar: “Isso está sob controle o suficiente para que possamos estar confiantes em viajar para Tóquio, ou não?” – disse Pound, em entrevista à agência de notícias “AP”.

Pound afirmou que é possível aguardar até dois meses antes do início dos Jogos porque é nesta época que os últimos ajustes começam a ser feitos, em pontos como a segurança, as Vilas Olímpicas e os estúdios de mídia.

O coronavírus teve seu epicentro na cidade de Wuhan, na China, e vem se espalhando em menor escala por diversos países. O Japão, sede dos Jogos, já teve uma morte confirmada, além de três outras vítimas no cruzeiro turístico Princess Diamond, que atracou no país. E não é só na Ásia: a Itália, por exemplo, já registrou sete vítimas e 190 infectados.

Para Dick Pound, porém, os indicativos dão conta de que será possível realizar a Olimpíada em Tóquio. Ele também garantiu que o Comitê Olímpico Internacional agirá de forma responsável e não vai mandar ninguém “para uma pandemia”:

– Até onde eu sei, vocês vão estar em Tóquio. Todas as indicações nessa fase são de que tudo será como sempre. Então, continue focados em seu esporte e tenha certeza de que o COI não vai mandar você para uma pandemia.

Recentemente, Yoshiro Mori, presidente do comitê organizador dos Jogos Olímpicos, afirmou que não há qualquer plano para um cancelamento e disse que a realização não corre riscos. Porém, a preocupação existe: o próprio Mori disse que “reza todos os dias” para que o coronavírus desapareça antes do início das competições.

Para Pound, a decisão pelo cancelamento tem uma importância enorme e só deve ser tomada com fatos concretos que deem base aos organizadores. Por outro lado, a alternativa de mudança de sede também existe, mas é complexa:

– Mudar (os Jogos) de lugar é difícil, porque existem poucos lugares no mundo que poderiam pensar em se preparar num curto espaço de tempo para apresentar algo – avaliou.

 

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Escrito por: Edney Oliveira

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