Política
Lula cobra agilidade do Ibama em garantir liberação de licenças para permitir Petrobras explorar petróleo na margem equatorial do Amazonas
12/02/2025
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(Foto: Jose Cruz/Agência Brasil)
Brasil 247
O presidente Lula (PT) criticou a demora na liberação de licenças ambientais para a Petrobras realizar estudos sobre a presença de petróleo na Margem Equatorial. Em entrevista à Rádio Diário FM, de Macapá, nesta quarta-feira (12), Lula reclamou da burocracia do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e cobrou uma definição rápida do governo sobre o tema.
“Não é que eu vou mandar explorar. Eu quero que ele seja explorado. Agora, antes de explorar, nós temos que pesquisar, temos que ver se tem petróleo, temos que ver a quantidade de petróleo, porque muitas vezes você cava um buraco de 2 mil metros de profundidade e não encontra o que imaginava que ia encontrar. Então talvez na semana que vem ou nesta semana ainda vai ter uma reunião com a Casa Civil e com o Ibama e nós precisamos autorizar que a Petrobras faça pesquisa. É isto que nós queremos. Se depois a gente vai explorar é outra discussão. O que não dá é a gente ficar nesse ‘lenga-lenga’, o Ibama ser um órgão do governo parecendo ser um órgão contra o governo”, afirmou o presidente.
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Lula destacou que a Petrobras tem a expertise necessária para garantir a segurança ambiental da perfuração. “A Petrobras é a empresa mais responsável, tem a maior experiência de exploração de petróleo em águas profundas. Nós vamos cumprir todos os ritos necessários para que a gente não cause nenhum estrago na natureza, mas a gente não pode saber que tem uma riqueza embaixo de nós e a gente não vai explorar, até porque é com aquela riqueza que a gente vai ter dinheiro para construir a famosa e sonhada transição energética”, completou.
A discussão sobre a liberação das pesquisas na Margem Equatorial se arrasta desde 2023, quando o Ibama negou a primeira tentativa da Petrobras de perfurar um poço na Margem Equatorial, sob a justificativa de riscos ambientais e impactos em biomas sensíveis. Para o governo, no entanto, a exploração — que significa apenas buscar indícios da presença de petróleo ou gás, sem iniciar sua retirada — é fundamental para que o Brasil avalie o potencial econômico da região.
A perfuração do poço previsto na Margem Equatorial tem como objetivo retirar amostras do subsolo e indicar se há petróleo em quantidade viável. Caso a pesquisa indique um volume significativo, ainda haveria novos estudos e uma análise sobre a viabilidade econômica e ambiental da extração.
A reunião entre a Casa Civil, o Ibama e a Petrobras deve ocorrer nos próximos dias, e o governo pressiona para que haja uma decisão sobre a continuidade dos estudos. A declaração de Lula reforça a intenção do governo de destravar o processo e garantir que a estatal possa iniciar as perfurações exploratórias na região.
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