Cultura

Dez anos depois, Conferência da Cultura prioriza regionalização dos recursos e comprometimento com modelo capaz de superar retrocessos


05/03/2024



Por Walter Santos



Brasília convive desde o início da semana até a próxima sexta-feira com o registro da retomada da Conferência da Cultura 10 anos depois de sobressaltos e descontinuidade de políticas públicas culturais e extinção do Ministério, sobretudo nos últimos 4 anos com os desmontes praticados, levando participantes da articulação como o Secretário de Cultura da Paraíba, Pedro Santos, a comemorar a nova fase. Só para se ter uma ideia, nos últimos tempos foram investidos R$ 10 bilhões na Cultura.

 

A participação do presidente Lula na abertura da Conferência seguida da Ministra Margareth Menezes simbolizaram, por exemplo, segundo o secretário de Cultura em comprometimento seguro de mais investimentos da Cultura no Brasil implicando em meios de mais distribuição de renda e melhor organização das políticas para evitar sobressaltos diante de abalos, como recentemente.

 

Ele aposta em mais conquistas se estendendo pelos estados e municípios. No caso da Paraíba, por exemplo, ele diz que a orientação do governador João Azevedo é ampliar a regionalização na direção dos municípios.

 

DESDE CELSO FURTADO E GIL

 

Pedro Santos considera a realidade contemporânea como fruto e desdobramento de lutas desde Celso Furtado como Ministro da Cultura apresentando a lei Sarney de Cultura onde previa  as regras a favorecer o Centro Sul, algo que o então Ministro da Cultura, Gilberto Gil posteriormente, buscou reduzir a discriminação na distribuição dos recursos onde antes  Rio e São Paulo ficavam com maiores recursos.

 

Para o Secretário de Cultura, há um novo tempo de discussões e alinhamentos a envolver todos os governos, mesmo os de linha politico-partidária conservadora, mas sem afetar os encaminhamentos. “No nosso segmento cultural temos pouco efeito das questões partidárias”, frisou.



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