A senadora Daniella Ribeiro (PP) classificou como uma traição o movimento realizado pelo prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, de se desfiliar do Progressistas e romper com a base do governador João Azevêdo (PSB) para manter sua pré-candidatura ao governo. Em entrevista concedida à Rádio Correio FM na tarde desta quarta-feira (8), a parlamentar afirmou que os membros da base que também sejam aliados de Cícero terão que assumir uma postura clara com relação aos apoios que firmarão para 2026.
“Houve uma traição”, afirmou Daniella tacitamente e rejeitando qualquer possibilidade de reestabelecimento da unidade política do grupo com o prefeito da Capital. Ao ser questionada sobre o deputado João Gonçalves, grande defensor de que Cícero ainda poderia retornar para a base de João, a senadora afirmou que ele terá que escolher um lado nesta divisão política e rejeitou qualquer abertura para um retorno de Cícero ao agrupamento após a manutenção de sua pré-candidatura contrariando as escolhas do governador João Azevêdo e outras lideranças do grupo.
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“Política a gente tem que ter lado, é muito feio quem não tem posição”, concluiu a parlamentar deixando claro que os membros da base terão que escolher qual candidatura ao governo estadual apoiarão na disputa de 2026, não havendo espaço para apoios mistos.
Daniella também classificou o movimento de Cícero como uma traição ao governador que teria apoiado a eleição do prefeito na Capital e ao Progressistas ao ignorar o apoio recebido pela legenda para que disputasse a eleição à Prefeitura da Capital em um momento em que estava afastado da política partidária.
A senadora concluiu definindo que não houve perda com a saída de Cícero do projeto governista que disputará as eleições em 2026 e lembrou que na disputa de 2022, quando o governador foi reeleito, mesmo tendo o prefeito como aliado João Azevêdo não foi o candidato mais votado pelo eleitorado de João Pessoa. “Quem tem que sair, saia logo, que cada um faça as suas escolhas. Ninguém é obrigado a ficar em nenhum lugar com ninguém não”, definiu Ribeiro.