Política

Debate tem acirramento, ausência de Ricardo Coutinho e promessa de não obrigatoriedade da vacina para Covid-19 em João Pessoa; confira


10/11/2020

Da Redação / Portal WSCOM

A Rádio Correio Fm realizou nesta terça-feira (10) debate com os candidatos a prefeito de João Pessoa. O debate foi marcado por propostas para diversas áreas, acirramento em confronto entre os postulantes  e lembrança da ausência de Ricardo Coutinho (PSB).

Estiveram presentes os candidatos Anísio Maia (PT), Carlos Monteiro (Rede), Cícero Lucena (Progressistas), Edilma Freire (PV), Ítalo Guedes (Psol), João Almeida (Solidariedade), Nilvan Ferreira (MDB), Raoni Mendes (DEM), Ruy Carneiro (PSDB) e Wallber Virgolino (Patriota).

O enfrentamento teve início com os candidatos Cícero Lucena e Edilma Freire falando sobre o processo de retomada na capital após a pandemia do novo Coronavírus. Edilma disse que vai trabalhar em duas frentes:

“Uma com o banco cidadão à disposição do microempreendedor, curso de formação, assessoria para que esse micro e pequeno empreendedor possa se fortalecer; o outro é que estarei preparada para fomentar políticas públicas para chegar na ponta”, disse.

Cicero anunciou os programas ‘Volta por Cima’ e ‘Pão e Leite’ como prioridade. Ele disse que, na saúde,  quer criar o ‘Saúde da Mulher’, pretende entregar  medicamentos em casa à população e dar cobertura de 100% aos PSFs.

Em seguida, Edilma Freire questionou Nilvan Ferreira sobre a sua experiência para gerir a capital paraibana. Nilvan respondeu:

“Minha experiência vem da vida do povo. Talvez a senhora não conheça minha experiência de ter estado muito próximo dessas pessoas que me acompanham agora, seja pelo rádio. A experiência que eu não quero é a da política de vocês, tradicional”, declarou.

Em sua fala, João Almeida defendeu a contenção de recursos para aumentar o  investimento em João Pessoa.

“Se banir as subsecretarias, a gente chegou ao cálculo de quem tem o Minha Casa Minha Vida, eu enquanto prefeito vou assumir e quitar todas as prestações do Minha Casa Minha Vida, isso tem a ver com retomada de crescimento”, disse.

Anísio Maia reclamou sobre as ‘promessas impossíveis’ dos candidatos e defendeu ‘acabar com privilégios’: “A grande maioria fazendo promessas impossíveis, calçar todas as ruas, coisas fantásticas que ninguém acredita. Tudo isso para distrair a população, estão defendendo privilégios, que as grandes empresas continuem mandando como aconteceu em outros mandatos. A nossa candidatura defende acabar com os privilégios”.

Italo Guedes defendeu a democracia popular, e disse que a Prefeitura de João Pessoa deve ser mais próxima da população:

“A nossa gestão precisa ser democrática e popular, de fato, não é o eleitor ir apertar um número e achar que isso é democracia, as pessoas tem que participar da gestão de fato, emitir relatório, ter transparência com as comunidades, bairros. A atual gestão fala tanto de transparência, mas não se vê na prática, a gente não sabe quanto se dá de beneficio fiscal, para onde está indo”, pontuou.

Questionado sobre a saúde, o candidato Carlos Monteiro disse que irá fazer um processo seletivo para a escolha de secretario. Ele falou sobre diminuir isenções fiscais para aumentar o investimento.

“O secretario será por processo seletivo, o da educação também, escolha pelo povo. Vamos agregar ao orçamento da saúde, mais R$ 1 bi, enfrentar as isenções fiscais. Temos o orçamento anual de R$ 2 bilhões de isenções fiscais. Vamos reduzir as secretarias, não vamos ter prefeito com salário”, declarou.

Raoni Mendes teve a oportunidade de apresentar sua proposta para a proteção à mulher na capital. Ele defendeu a fiscalização da  Lei Maria da Penha.

“A Maioria da população é mulher, nossa preocupação é manter uma secretaria para as mulheres linkada ao Desenvolvimento Humano e priorizar o atendimento a aquelas vítimas de violência doméstica”, disse.

Vacina não obrigatória em João Pessoa

O candidato Wallber Virgolino, questionado sobre a  vacina da Covid-19 em caso de eleição a prefeito, disse que não obrigará a população a passar pela medida preventiva.

“Sou eleitor de Bolsonaro, não candidato, defendo a família, preceitos cristãos… se eu for prefeito usaremos vacina que for comprovada, se o Ministério da Saúde disser que é comprovado, a gente vai comprar e usar, mas não vai ser obrigado”, cravou.

Lembrança da ausência de Ricardo Coutinho

Ruy Carneiro falou sobre sua trajetória na política, com ações sobre a saúde em beneficio da capital. Ele lembrou a ausência de  Ricardo Coutinho no debate.

“Quem deve teme e não comparece no debate, iriamos perguntar a ele cadê os R$ 134 milhões da saúde que a Policia Federal aponta com um volume enorme de gravações como desvio”, declarou.

Wallber x Nilvan

O debate contou com acirramento no enfrentamento entre os candidatos Wallber Virgolino e Nilvan Ferreira. Wallber acusou Nilvan de crimes de falsificação e estelionato, e o candidato do MDB respondeu.

Nilvan: “Quem pediu segredo de justiça nesse processo não fui eu, foi o delegado. Eu peço ao senhor para ir no Ministério Público e pede para ter conhecimento o porquê tem cópias desse processo com Gilberto Carneiro [ex-secretário do Estado]”.

Wallber replicou: “Quem pratica crime não tem condições de comandar João Pessoa.  Esse debate de caráter é imprescindível. E o famoso couro de rato? o senhor foi delatado  na Operação Xeque-Mate”.

Nilvan finalizou: “O senhor não é mais homem que ninguém… eu tenho a verdade estou lhe passando em suas mãos uma declaração do Gaeco afirmando que Nilvan Ferreira  não responde a nenhum inquérito do Gaeco em Operação Xeque-Mate ou nenhuma outra”.

 



Os comentários a seguir são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.
// //