Política
Os efeitos da Tragédia de inelegibilidade de Ricardo Coutinho abala a força da Esquerda e impõe castigo incomum a um líder
27/08/2020
O voto do relator/ministro Og Fernandes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em defender a inelegibilidade de Ricardo Coutinho por 8 anos é o mais forte bombardeio à história democrática de João Pessoa e da Paraíba contra os partidos e lideranças de esquerda no Estado. Nem cito ainda a questão dos efeitos da Operação Calvário, algo muito pior.
A dados de hoje, pela primeira vez diante de fato concreto o mais importante líder socialista entra em processo de impedimento tornando-o um símbolo em decadência a partir da decisão do TSE, volto a dizer sem envolver a Calvário.
Em tese, Ricardo tem razão em se sentir alvo das elites, inclusive jurídicas, mas o voto do ministro Og Fernandes abrigou argumentos e justificativas diferentes do TRE apontando abuso de poder no caso Empreender.
O FUTURO DA ESQUERDA
Em João Pessoa, nem o PT nem Lula desconhecem a importância de Ricardo em favor das lutas progressistas em especial do ex-presidente Lula, mas ultimamente RC adotou procedimento estranho em não construir um pacto com a esquerda lá atrás envolvendo o PT e preferiu se isolar e indicar sua esposa Amanda como pré-candidata a prefeita de João Pessoa sem nenhum mérito coletivo a favor da esquerda. Nepotismo puro.
O quadro só não é mais trágico porque o PT se uniu em torno da candidatura do ético deputado Anísio Maia e outras legendas à esquerda de apresentam no jogo.
Não isso, o significado extraordinário da Esquerda estaria acabado de vez.
A realidade fará Luciano Cartaxo rever o acordo com Ricardo Coutinho. Simples assim.
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