Geral
Efeitos da decisão do TRE
04/06/2007
A decisão do Tribunal Regional Eleitoral julgando improcedentes duas representações da Coligação Paraíba de Futuro liderada pelo senador José Maranhão uma tratando de acusação de uso da FAC em troca de votos; e outra acusando a utilização da Casa Militar na campanha é, desde o início da noite o fato desta segunda-feira mais comentado nos bastidores da política partidária no Estado.
Há alguns aspectos a considerar, sobretudo, porque não havia expectativa popular de que os processos estivessem entrando em pauta com caráter decisório nesta segunda-feira e, ainda mais, o resultado trouxe à baila um caráter de unanimidade, ou seja, de votos alinhados numa mesma direção.
O entendimento seguido pela Corte, a partir de voto da juíza Helena Fialho foi de que, depois de investigações e depoimentos, não houve nada que incidisse na comprovação de compra de voto (crime eleitoral) nos dois casos argüidos pela Oposição ao Governador do estado durante o processo eleitoral.
Nenhum dos beneficiários do programa declarou que recebia o benefício em troca do voto em Cássio, afirmou a juíza levando em conta investigações, disse ela, promovidas pela Polícia Federal e do Ministério Público.
O fato líquido e certo é de que a decisão do TRE nesse dois processos gera expectativa entre os leigos no sentido de sinalização similar para que, em casos atinentes à FAC, isto é, no outro processo de acusação de compra de votos restante haja entendimento idêntico ao apresentado nesta segunda-feira.
Não é este o entendimento dos advogados do senador Maranhão, pois alegam que no processo dos 3.500 cheques o procurador eleitoral já se manifestou pedindo a cassação do governador. Em síntese, eles se apegam em torno do voto do Ministério Público, portanto, desconsideram por completo o entendimento aposto nesta segunda-feira como fato novo ao rito processual do famoso caso da FAC.
Ora, se há uma premissa anterior da procuradoria num processo similar envolvendo a FAC e, no decorrer do processo, com a inserção de novos dados como a conclusão das investigações sem comprovação e dolo houve reformulação conceitual e consequente decisão mandando encerrar o processo, não é demais prever que esse entendimento possa perdurar nos demais casos, embora no outro processo tão esperado pela Oposição ainda falte o voto do relator Carlos Lisboa.
Mas, queiram ou não os oposicionistas ao governador, a decisão desta segunda-feira indica como consequência a manutenção do mandato.
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