Paraíba

Calvário: Ex-governador Ricardo Coutinho é apontado como chefe da OCRIM pelo MPPB

Extrato da decisão aponta como cada um dos suspeitos atuava, segundo o MPPB.


17/12/2019

Ex-governador Ricardo Coutinho (Arquivo)

Portal WSCOM

 

“Ricardo é o chefe da OCRIM formada no Estado”. É o que aponta o extrato da decisão em relatório do Ministério Público da Paraíba (MPPB) que culminou em 17 mandados de prisão preventiva na Paraíba decorrente da Operação Calvário. Ainda segundo a decisão, as deputadas Estela Bezerra (PSB), Cida Ramos (PSB), e a prefeita do Conde, Márcia Lucena (PSB) também são integrantes da organização criminosa que agia nas organizações sociais da Paraíba.eX

 

Confira alguns trechos da decisão e como cada um atuava, segundo o MPPB.

 

Ricardo Coutinho

“Foi eleito governador por dois mandados (eleições de 2010 e de 2014). Em 2018, conseguiu manter grande parte do staff da empresa criminosa na gestão administrativa do Estado. Ricardo Coutinho era o responsável direto tanto pela tomada de decisão dentro da empresa criminosa quanto aos métodos de arrecadação de propina, sua divisão e aplicação. Ricardo é o chefe da OCRIM formada no Estado para desviar verbas de diversos setores a fim de fomentar e manutenir a organização criminosa.

 

Estela Bezerra

Atual deputada estadual, Estelizabel é uma das principais articuladoras da organização criminosa, responsável pela estruturação das atividades das organizações sociais. Por meio da sua companheira, Cláudia Veras, geriu a pasta da saúde e foi uma das principais responsáveis pelos estratagemas utilizados para dar ar de legalidade às organizações sociais.

 

Cida Ramos
Atual deputada estadual, Cida Ramos é uma das mais fiéis integrantes da empresa criminosa, escolhida para representar os interesses da organização criminosa nos poderes executivo e legislativo, umbilicalmente ligada a Ney Robisson Suassuna.

 

Márcia Lucena
Ex-secretária estadual de Educação do Governo de Ricardo Coutinho e atual Prefeita de Conde, Márcia Lucena é fiel integrante da empresa criminosa, uma das principiais responsáveis pela estruturação das fraudes na educação. Escolhida para representar os interesses da organização criminosa no poder Executivo.

 

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Sobre a operação

A operação, realizada em conjunto com o o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado GAECO/PB, Ministério Público Federal e Controladoria-Geral da União – CGU, apura desvio de recursos públicos na ordem de R$ 134,2 milhões, dos quais mais de R$ 120 milhões teriam sido destinados a agentes políticos e às campanhas eleitorais de 2010, 2014 e 2018.

 

Cerca de 350 Policiais Federais, além de Procuradores da República e auditores da CGU dão cumprimento a 54 mandados de busca e apreensão e 17 mandados de prisão preventiva, nos estados da Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Goiânia e Paraná.

 

De acordo com as investigações, organizações sociais, dentre outras, organizaram uma rede de prestadores de serviços terceirizados e de fornecedores, com a celebração de contratos com sobre-preço na gestão dos Hospitais de Trauma, de Mamanguape/PB e o Metropolitano em Santa Rita/PB.



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