Política
Ari França defende fortalecimento do PT a partir das bases e dos movimentos sociais na Paraíba
13/06/2025

Anderson Costa
Coordenador do Coletivo Paulo Freire, que integra a corrente nacional Construindo um Novo Brasil, Ari França é um dos candidatos que disputam a presidência do Partido dos Trabalhadores na Paraíba durante o Processo de Eleição Direta através do qual os filiados escolherão neste ano os seus dirigentes partidários municipais, estaduais e nacionais. Esta é a primeira de uma série de entrevistas que o Portal WSCOM fará com todos os candidatos à presidência da sigla na Paraíba. O primeiro entrevistado é Ari França e ele falou à nossa reportagem sobre suas propostas para a construção de um PT mais forte na Paraíba.
França defende a ampliação da participação dos movimentos sociais no cotidiano de tomada de decisões na sigla. Segundo o candidato, o PT surgiu enquanto partido desta construção social permitida através da organização de vários segmentos como os sindical, da igualdade racial, das causas LGBT, dentre outros que ele indica como importantes para a construção de um pensamento conjunto coeso e conectado às necessidades populares.
“A nossa posição de construção é uma construção mais pela base, um partido mais ligado, mais vinculado, mais fundado nos movimentos sociais. Eu venho dos movimentos sociais, eu venho da CUT. Eu fui fundador da CUT Regional de Campina Grande. Entrei muito jovem no PT, nunca saí do partido e respeito muito, acredito na organização da sociedade através do seu segmento através do seu dos seus movimentos”, explicou o candidato.
Ari indica que pretende garantir uma maior participação do filiado no cotidiano de tomada de decisões na legenda através da realização de conferências, plenários, encontros e ações na sociedade. “Eu defendo e acredito nessa construção de um PT pelas bases”, reforçou. Para França, hoje a maior carência do Partido dos Trabalhadores na Paraíba seria na sua atuação junto aos municípios do interior do estado.
Municipalismo
Segundo ele, é necessário buscar corrigir a discrepância que existe em diversas cidades do interior paraibano nas quais o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) consegue atingir percentuais de mais de 90% dos votos válidos sem que se tenha um único vereador eleito ou que a sigla siga tendo apenas um representante paraibano na Câmara dos Deputados, em Brasília.
Segundo o candidato, seria a ausência das lideranças estaduais no cotidiano das cidades que causaria esse enfraquecimento do PT nos municípios. Ele também defendeu uma leitura do panorama político diferente da do atual presidente do partido no estado, Jackson Macêdo, enquanto o dirigente afirma que o PT da Paraíba não conseguirá eleger mais de um deputado federal, Ari França revela acreditar na possibilidade de que o partido saia do pleito com dois federais eleitos na Paraíba.
Bancada Federal
“Nós temos o próprio Luiz Couto, que é uma um deputado de excelência. Temos Ricardo Coutinho, que é ex-governador. Temos o companheiro Marcos Henrique, que vai ser candidato e vem com apoio forte do movimento sindical. O próprio Frei Anastácio que é secretário e que foi e deputado federal. O Pedro Matias que tá colocando o nome também a deputado que é secretário adjunto de esporte. Então, nós temos a capacidade e eu vou buscar mais lideranças para que a gente possa fazer uma chapa forte e garantir que o presidente Lula tenha mais tranquilidade do que se tem hoje”, definiu.
Segundo o candidato, é necessário fortalecer o partido no âmbito federal e também no estado. Ele explica que se eleito já dará início ao planejamento para a ampliação da representação do PT nas câmaras municipais e nas prefeituras paraibanas. Segundo ele, o número de vereadores e o único prefeito que o partido possui em todo o estado não são uma real representação da capacidade eleitoral da legenda no estado.
Discussão majoritária
Ari França também demonstra sua discordância de visão de Jackson sobre a postura do partido com relação à construção da chapa majoritária do grupo governista, que hoje é apoiado pelo PT na Paraíba, segundo ele ao contrário do apresentado pelo atual dirigente estadual, o PT tem, sim, que buscar o protagonismo e lutar para apresentar nomes que figurem numa composição de disputa estadual em 2026.
“Tem que respeitar o PT. O PT tem, sim, o que contribuir, pode contribuir, vai contribuir. Eu acho que isso é uma questão que a gente tem como convicção”, concluiu.
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