Política

Aras quer afastar Alexandre de Moraes da condução das investigações sobre fake news no STF

Procurador-geral da República fez duras criticas ao inquérito que investiga a propagação de Fake News durante a campanha presidencial de 2018


05/06/2020

Na imagem o procurador-geral da República Augusto Aras

Brasil 247



O procurador-geral da República, Augusto Aras, quer fatiar o inquérito das fake news e abrir uma investigação específica sobre os ataques, ofensas e ameaças do ministro da Educação, Abraham Weintraub aos ministros do Supremo Tribunal Federal. Aras faz duras críticas à abrangência do inquérito.

O pedido vai ser encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) antes da sessão que julgará, no próximo dia 10, a legalidade das apurações que visam identificar responsáveis pela disseminação em massa de notícias falsas e ameaças a integrantes da corte.

Em sua crítica, Aras defende que são necessárias “medidas mínimas” para que compatibilizar a investigação com a Constituição Federal e a lei vigente, informa o jornal Folha.

Para o procurador-geral, há uma “exorbitância” em relação ao alvo das investigações. Ele solicita que o Ministério Público Federal participe das apurações.

O PGR também volta a questionar a atuação do ministro Alexandre de Moraes à frente das investigações. Ele contesta por que o mesmo ministro relata fatos que, em muitos casos, não têm relação entre si e deveriam ser distribuídos por sorteio.

O ministro da Educação entrou na mira do inquérito das fake news após o ministro Celso de Mello levantar o sigilo de reunião ministerial de 22 de abril citada pelo ex-ministro Sergio Moro como uma das provas de que o presidente Jair Bolsonaro desejava violar a autonomia da Polícia Federal.

No encontro, Weintraub diz ter ojeriza de Brasília, em referência às negociações políticas, e faz críticas ao Supremo. ​”Eu, por mim, botava esses vagabundos todos na cadeia. Começando no STF.”

Na decisão em que determinou a oitiva de Weintraub, Moraes ressaltou que há indícios de que o responsável pelas políticas educacionais do governo federal cometeu seis crimes que preveem até 20 anos e 4 meses de prisão.



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