Economia & Negócios

Volume de serviços cresce 5,3% na Paraíba e tem 4ª maior alta do país


14/10/2020

Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil Economia

Portal WSCOM

O volume de serviços na Paraíba cresceu 5,3% em agosto, frente a julho, segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta quarta-feira (14) pelo IBGE. Essa foi a 4ª maior variação do país, menor apenas que as verificadas nos estados do Amapá (7%), Acre (6,2%) e Minas Gerais (5,8%), além de ter ficado acima da média nacional (2,9%).

Essa expansão no volume foi acompanhada pela receita nominal do setor paraibano, que teve alta de 8% em agosto, em relação a julho. Superior ao crescimento observado na média brasileira (3,5%), essa foi a 2ª maior variação do país, atrás somente da verificada no Acre (8,7%). 

Apesar disso, no comparativo com os dados de agosto de 2019, o volume de serviços registrado no mês este ano, na Paraíba, teve queda de 14%, com retração de 14,6% na receita nominal. Ambos os indicadores apresentaram resultados negativos mais intensos do que a média do país, que registrou recuos de 10% e 10,4%, respectivamente.

No acumulado de 12 meses, o cenário também não é positivo, com reduções de 7,5% no volume e de 6,9% na receita nominal do setor no estado. Também nessa base de comparação, as retrações estaduais ocorreram com mais força do que na média nacional, que teve queda de 5,3% no volume e de 3,7% na receita. 

Recuperação lenta

Nacionalmente, o volume de serviços cresceu 2,9% em agosto, na comparação com julho, e chegou à terceira alta seguida, acumulando crescimento de 11,2% no período. Esse resultado, porém, ainda não foi suficiente para recuperar as perdas acumuladas de 19,8% entre fevereiro e maio. 

Diferentemente do comércio e da indústria, o setor de serviços tem apresentado recuperação lenta, segundo o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, devido ao caráter presencial de algumas atividades e ao receio de algumas famílias em consumir esses serviços.

“Os serviços prestados às famílias, que incluem restaurantes, hotéis, academias de ginástica e salões de beleza foram os que mais sentiram os efeitos adversos da pandemia. Com a retomada das atividades, algumas empresas abriram, mas com capacidade de atendimento limitada. Essas empresas mostram alguma recuperação, mas com um ‘teto de retomada’, já que não têm plena capacidade de atendimento, comparada ao período pré-pandemia. Isso piora com o receio de algumas famílias de consumir esses serviços, como ir a restaurantes ou viajar”, explicou o gerente da pesquisa.



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