Política
Vereador de CG concede moção de aplauso a praticante de “grau”; prática é considerada infração de trânsito gravíssima
06/05/2025

Screenshot
O vereador Rostand Miranda, da Câmara Municipal de Campina Grande, apresentou, na manhã desta terça-feira (6), uma moção de aplauso ao jovem Bruce da Hornet, em reconhecimento à sua atuação na divulgação da prática do “grau”. “Grau” é como os motociclistas tratam, de forma cotidiana, a prática de empinar motos por longas distâncias, geralmente como forma de entretenimento, exibição ou estilo de vida.
Durante a homenagem, o parlamentar também defendeu a criação de um espaço específico para a prática da atividade. Segundo Rostand, o “grau” é uma forma de expressão e lazer popular entre os jovens e, por isso, merece atenção do poder público. Ao propor a criação de uma pista para uso exclusivo de motociclistas que desejam empinar suas motos, ele reconheceu que a prática, atualmente, infringe as normas de trânsito vigentes.
Siga o canal do WSCOM no Whatsapp.
“Mover para o prefeito fazer a pista do grau, porque tem muitos garotos que gostam de empinar e não podem estar empinando na rua, é contra a lei empinar na rua, então tem que ter um canto específico para essa garotada treinar porque é um esporte, é uma prática esportiva”, declarou o vereador.
Legalidade e penalidades
Apesar do reconhecimento do parlamentar, a prática do “grau” em vias públicas é considerada infração gravíssima pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB). De acordo com o artigo 244, inciso III, conduzir motocicleta fazendo malabarismo ou se equilibrando em apenas uma roda pode resultar em multa de R$293,47, acréscimo de 7 pontos na CNH, suspensão do direito de dirigir, além da apreensão do veículo e do documento de habilitação.
A legislação trata a conduta com rigor justamente pelos riscos que oferece à segurança no trânsito, tanto para o próprio condutor quanto para pedestres e demais motoristas. A realização dessas manobras em espaços urbanos, sem qualquer tipo de controle, pode causar acidentes graves, o que justifica a severidade das penalidades previstas em lei.
A proposta do vereador visa oferecer um ambiente controlado onde os praticantes possam realizar suas manobras com segurança. Embora ainda não exista um projeto de lei formalizado sobre o tema, o parlamentar defende que a prática seja reconhecida como esporte e receba o mesmo tratamento que outras atividades de risco que foram regulamentadas, como o skate ou o BMX.
Os comentários a seguir são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.