Policial

Secretário de Segurança da Paraíba afirma que manifestação após morte de jovens foi influenciada por outros estados: “Estão copiando coisa errada”

Além do congestionamento no trânsito, o ateamento de fogo em colchões, pneus e outros materiais chamou a atenção das autoridades.


10/07/2024

Secretário de Segurança, Jean Nunes (Foto: Divulgação)

Anna Barros/ Portal WSCOM



Após o protesto que ocorreu na última terça-feira (09) na BR-101 em João Pessoa, o secretário de segurança da Paraíba, Jean Nunes, afirmou que o ato foi violento e difere de outras manifestações que acontecem no estado. O ato foi em prol de justiça pela morte de dois jovens que foram encontrados decapitados em Bayeux após dias desaparecidos.

A manifestação bloqueou o trânsito nas proximidades das Três Lagoas e durou cerca de três horas. Além do congestionamento no trânsito, o ateamento de fogo em colchões, pneus e outros materiais chamou a atenção das autoridades.

O secretário, embora tenha esclarecido que é direito da população pedir por justiça de forma pública, ressaltou que muitas das pessoas que estavam no ato queriam demonstrar uma “resposta” do crime organizado à possível facção rival que matou as vítimas. Em defesa do seu ponto, Jean levantou que pedras foram jogadas na polícia e na imprensa e que alguns dos manifestantes utilizavam tornozeleiras eletrônicas.

“Então, com tornozeleira eletrônica, como vimos. Então, isso… esse diagnóstico está sendo feito, naturalmente, e se ocorrer caso dessa natureza, a polícia vai desobstruir, vai identificar, porque protesto pacífico é uma coisa”, declarou.

Também foi apontado pelo secretário que o ato foi uma tentativa de “copiar” manifestações da mesma natureza que ocorrem em outros estados. “Em muitas situações que acontecem no estado, não estão criando nada, estão copiando coisa errada e coisa ruim que vem de fora” disse.

Embora as vítimas não tenham sido identificadas como pertencentes à facções criminosas, o delegado que se encarregou do caso, Diogo Garcia, levantou a possibilidade de que os jovens foram mortos por morarem em uma região que o grupo criminoso dominante é rival do grupo que “lidera” o local em que foram encontrados.



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