Saúde

Secretário confirma suspensão de contrato com empresa investigada no mutirão oftalmológico em Campina Grande


21/05/2025

(Foto: Reprodução)

Da Redação / Portal WSCOM



O secretário de Saúde da Paraíba, Ari Reis, confirmou nesta quarta-feira (21) que o contrato com a Fundação Rubens Dutra Segundo foi suspenso após os problemas registrados no mutirão oftalmológico em Campina Grande, realizado no último dia 15, no Hospital de Clínicas. Segundo ele, a medida foi tomada após a identificação do uso de medicamentos vencidos durante os procedimentos.

“Identificamos que essa empresa, contratada pela Secretaria de Saúde, teria utilizado alguns frascos e medicações fora do prazo de validade. A primeira medida foi a suspensão do contrato, a notificação da empresa, o acolhimento dos pacientes e o registro perante à Polícia Civil e ao Conselho Regional de Medicina”, disse o secretário durante entrevista à rádio CBN João Pessoa.

De acordo com Ari, pelo menos seis frascos de medicamentos utilizados estavam vencidos e foram introduzidos no ambiente hospitalar. O secretário sugeriu que pode ter ocorrido uma ação criminosa. “Houve, provavelmente, uma grande articulação de má-fé para que esses medicamentos adentrassem no ambiente hospitalar através da empresa. Isso tudo está sendo apurado”, afirmou.

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Além disso, ele informou que a Secretaria instaurou processos administrativos e notificou os órgãos competentes para investigar os envolvidos. O objetivo é responsabilizar todos os que tenham contribuído para o uso das substâncias fora da validade.

Segundo o secretário, a empresa executava a maior parte dos procedimentos oftalmológicos no Hospital de Clínicas. Por isso, o calendário de cirurgias foi suspenso temporariamente. A previsão é contratar uma nova prestadora de serviço e retomar os atendimentos em até 30 dias.

“Vamos reforçar os protocolos que nós temos e contratar empresas com maior seriedade e responsabilidade para enfrentar esse caso”, disse Ari. Ele ressaltou que a Secretaria de Saúde já acolheu todos os pacientes afetados, independentemente da gravidade dos sintomas, e segue monitorando o estado de saúde de cada um.

Além da Polícia Civil e do CRM, o Ministério Público também participa das investigações.



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