O diretor do Hospital Padre Zé, padre George Batista, anunciou nesta segunda-feira (18) a intenção de realizar uma reforma no estatuto da instituição, estabelecendo limites de mandato para a direção. O objetivo é promover maior transparência na administração da unidade a partir do próximo ano.

Padre George informou que o estatuto passará por uma reformulação significativa, com reuniões periódicas em andamento junto ao Ministério Público, Ministério do Trabalho e outros órgãos. O propósito é transformar o hospital em uma fundação, sujeita a prestação de contas e responsabilização por suas ações. A modificação no estatuto implicará em uma revisão abrangente, resultando em diversas mudanças.

Uma das principais alterações planejadas para o Hospital Padre Zé é a definição de um limite temporal para os mandatos da direção e da equipe administrativa, com a eliminação da possibilidade de reeleição para os cargos na instituição.

Em entrevista ao programa Arapuan Verdade, da rádio Arapuan FM, o padre George expressou seu desejo de evitar uma permanência prolongada no poder, propondo um mandato de cinco anos. “Não quero ficar ali 12 anos, não quero me perpetuar no poder. Acho que cinco anos está bom”, comentou o padre George.

O sacerdote revelou que convidou o promotor de Justiça Alexandre Jorge do Amaral Nóbrega, especializado na área do Patrimônio Público em João Pessoa, e o desembargador Fred Coutinho, sobrinho-neto do Padre Zé, para participarem da reformulação estatutária. Além disso, foram convidadas pessoas capacitadas que atuam no hospital.

Padre George também anunciou planos para a criação de um portal de transparência na instituição, permitindo que a população acompanhe todas as despesas.

Ele enfatizou a importância de manter o portal atualizado para garantir que as informações estejam disponíveis para a sociedade. “Não basta ter o portal de transparência, tem que estar atualizado com as informações para a população poder acompanhar”, declarou.

O padre George Batista assumiu a direção do hospital após o afastamento do Padre Egídio, que anteriormente liderava a instituição e deixou o cargo após uma operação policial, na qual foi preso e se mantém detido aguardando julgamento de um novo pedido de habeas corpus no STJ.