Economia
Queda no preço dos alimentos ajuda a desacelerar inflação em julho, diz IBGE
IPCA sobe 0,26%, abaixo das projeções; recuo em itens como batata, cebola e arroz freia avanço, mas energia elétrica segue pressionando.
12/08/2025

Foto: Reprodução
Lara Ribeiro
A queda no preço dos alimentos, que baixou 0,27%, principalmente no grupo Alimentação e bebidas, foi o principal motivo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo ( IPCA) ter registrado alta de 0,26% em julho. O número ficou abaixo das projeções do mercado, que giravam em torno de 0,36%.
É o segundo mês consecutivo de retração nesse segmento. Em junho, a variação havia sido de -0,18%.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE), a redução em julho foi influenciada, principalmente, pela alimentação no domicílio, que caiu 0,69%. Entre os itens que mais contribuíram para o recuo estão a batata-inglesa (-20,27%), a cebola (-13,26%) e o arroz (-2,89%).
O levantamento detalhado do IBGE também aponta recuo nos preços de diversas proteínas: carnes (-0,3%), ovos e aves (-0,66%) e pescados (-1,29%).
Já a alimentação fora do domicílio apresentou alta de 0,87% em julho. Nesse grupo, o subitem lanche acelerou para 1,90%, enquanto a refeição avançou 0,44% no período.
Em julho de 2024, o IPCA registrou alta de 0,38%. No acumulado de 12 meses, a inflação chegou a 5,23%, um pouco abaixo dos 5,35% verificados no período anterior. Mais uma vez, o resultado mensal foi puxado pela energia elétrica residencial, responsável pelo maior impacto individual no índice (0,12 ponto percentual). A tarifa de energia já havia liderado as pressões inflacionárias em maio e junho.
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