O promotor de Justiça Bruno Leonardo Lins, do Ministério Público da Paraíba (MPPB), declarou nesta quarta-feira (6) que as provas reunidas contra o pediatra Fernando Paredes Cunha Lima, de 81 anos, são contundentes e indicam que ele cometeu abusos sexuais contra crianças durante consultas médicas em João Pessoa. O médico está foragido desde terça-feira (5), quando o Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) decretou sua prisão preventiva.

“Todas as vítimas não só confirmaram o que já haviam dito na delegacia, como reforçaram o que aconteceu. Então, as provas são bem claras de que o médico realmente praticou os crimes”, afirmou o promotor Bruno Leonardo Lins.

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O promotor explicou que o MPPB já havia solicitado a prisão de Fernando Cunha Lima em outras ocasiões, com base em quatro denúncias, mas os pedidos foram negados pela primeira instância. “O magistrado de primeiro grau entendeu que não era o caso de decretar a prisão, tendo apenas determinado medidas cautelares diversas, a exemplo da proibição de exercer a medicina e de manter contato com as vítimas”, disse.

Diante da negativa, o Ministério Público interpôs um recurso ao Tribunal de Justiça, que foi acolhido. “Foi reconhecida a necessidade da prisão do médico”, destacou Bruno Leonardo Lins.

Além da decretação da prisão, a Justiça determinou a busca e apreensão de celulares, computadores e prontuários em posse do pediatra. Segundo o promotor, o processo está em fase final de instrução, com a apresentação das alegações finais. “Esperamos que, com essa decisão do Tribunal de Justiça, aliada aos argumentos do Ministério Público, seja feita justiça. Que haja uma condenação justa pelos vários crimes que o médico cometeu”, declarou.

A defesa de Fernando Cunha Lima informou que recorrerá da decisão por considerá-la “equivocada”.