A Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (FIEPB) e a Associação Nordeste Forte manifestaram forte preocupação e apoio ao posicionamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) após a aprovação, na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal, da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa reduzir a jornada máxima de trabalho para 36 horas semanais.
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Em nota assinada pelo presidente de ambas as entidades, Cassiano Pereira, o setor produtivo na Paraíba e no Nordeste reconhece a importância do debate sobre as relações trabalhistas, mas questiona o momento da mudança, citando os desafios atuais de produtividade e competitividade do país.
“Compartilhamos da preocupação externada pelo presidente [Ricardo] Alban [da CNI] quanto ao momento escolhido para o avanço da proposta, especialmente em um contexto nacional marcado por desafios significativos de produtividade e competitividade.”
Pereira aponta que uma mudança estrutural desse porte exige cautela e análise aprofundada para não comprometer a sustentabilidade das atividades econômicas.
A FIEPB e a Nordeste Forte defendem que as alterações na jornada de trabalho devem ser conduzidas com “diálogo amplo, previsibilidade e análise criteriosa de seus impactos sobre trabalhadores, empresas e sobre o desenvolvimento econômico do Brasil.”
No documento, Cassiano Pereira reafirma o compromisso com soluções equilibradas que promovam qualidade de vida e inovação, mas alerta para o risco de inviabilizar a produção.
O presidente foi enfático ao concluir que a aprovação da PEC não condiz com o panorama atual do Brasil:
“Seria irresponsável adotar medidas que não condizem com a atual realidade econômica e social do nosso país.”
