A megaoperação realizada pelas forças de segurança do Rio de Janeiro nos complexos do Alemão e da Penha que resultou e mais de 120 mortes foi tema de discussão entre os deputados estaduais paraibanos durante sessão itinerante da Assembleia Legislativa na última quarta-feira (29). Durante a sessão ops deputados do PL Sargento Neto e Wallber Virgolino com o deputado Chió (Rede) apresentaram proposta de voto de aplauso aos policiais cariocas mortos na ação.
A discussão se iniciou após a deputada estadual Cida Ramos (PT) discordar do requerimento e informar que teria protocolado um voto de pesar por todas as vítimas da operação, fossem policiais ou moradores dos dois complexos e classificou a megaoperação como uma chacina.
A reportagem do Portal WSCOM ouviu o deputado Sargento Neto e a deputada Cida Ramos e os dois parlamentares apresentaram suas visões acerca do debate durante a sessão, sobre a operação ocorrida no Rio de Janeiro e a situação da segurança pública no Brasil.
Segundo Cida, os ânimos se exaltaram no momento em que os dois deputados de direita se apresentaram de forma favorável à exaltação das mortes dos moradores das duas comunidades. “Eu acho que não é coisa de parlamentar louvar morte de ninguém. Voto de louvor pelo que ocorreu, pelas mortes ocorridas, eu acho um absurdo isso”, explicou a parlamentar.
Para a deputada, é necessário questionar se as 120 pessoas mortas pelas forças policiais realmente eram todas criminosas. “Pelo que vi, os traficantes da alta cúpula fugiram. Quem morreu? Se a gente comemora a morte numa condição daquela de chacina a gente perde nossa humanidade”, complementou.
Para a presidente do PT na Paraíba, “saiu pela culatra” o tiro da direita de tentar usar a operação para atacar o partido e a esquerda. “Eles mataram inocentes, quem tá dizendo isso não sou eu, é a igreja universal, são as entidades e ONGs que atuam nas favelas de forma voluntária. Quem tá dizendo isso é a Igreja Católica. É muito mesquinho se utilizar de pessoas para tentar virar pauta, para tentar ganhar dividendos político. É lamentável. Eu fico com vergonha de uma coisa dessa”, definiu.
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Já Sargento Neto afirmou que ele e Wallber apenas solicitaram que a Casa prestasse sentimentos aos familiares dos policiais mortos nos confrontos. Segundo o parlamentar, para ele a postura da petista de equiparar as mortes dos membros do Comando Vermelho e as dos agentes de segurança pública seria uma “total inversão de valores”.
“As forças de segurança tem que combater duramente todos esses criminosos que afrontam a sociedade. E é isso que nós temos que fortalecer também e dar condições para que esses policiais possam sair de casa e voltar ilesos. Nós temos exemplo bem claro aqui, eu tava vendo um vídeo na cidade de Bayeux, mais de 20 indivíduo faccionados com armas longas andando pelas ruas, como se fosse ali uma comunidade do Rio de Janeiro achando que aquilo ali é normal e a gente não pode deixar, eles tomarem conta do nosso estado”, concluiu.
 
			        
 
											