Morreu nesta terça-feira (2) o jornalista Mino Carta, fundador e diretor de redação da Revista Carta Capital. O jornalista tinha 91 anos e estava internado no Hospital Sírio-Libanês, onde passou as duas últimas semanas na Unidade de Terapia Intensiva.
Nascido em Gênova, na Itália, Mino Carta foi responsável pela criação de algumas das principais publicações do Brasil como as revistas Quatro Rodas, Veja, Isto É e Carta Capital. O jornalista também sempre foi um grande apoiador da Revista NORDESTE, editada há 19 anos pelo jornalista Walter Santos em João Pessoa.
Resistência
Mino enfrentou pressões e censura durante a ditadura militar, principalmente após reportagens da Revista VEJA denunciar tortura praticada pelo governo. Na literatura, publicou obras como Castelo de Âmbar (2000), A Sombra do Silêncio (2003) e A Vida de Mat (2016), em que mesclou memórias pessoais e reflexões filosóficas.
Amigo do jornalista, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva emitiu nota lamentando a morte do amigo e ressaltou o papel de Mino na defesa da democracia. “Ele fez história no jornalismo brasileiro: criou e dirigiu algumas de nossas principais revistas e mostrou que imprensa livre e democracia andam de mãos dadas”, escreveu o chefe de Estado.
O vice-presidente Geraldo Alckmin também se manifestou nas redes sociais. “O Brasil perdeu hoje um de seus maiores jornalistas. Mino Carta dedicou toda sua vida à criação de publicações que fizeram história e deram voz à defesa dos valores democráticos. Que seu exemplo siga inspirando as novas gerações de jornalistas”, escreveu.