Foi retomado nesta terça-feira (10) o julgamento do “núcleo crucial”, como é chamado um dos grupos acusados pelo atentado de 8 de janeiro. Está incluso nesse núcleo, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Durante a audiência, Bolsonaro foi confrontado sobre declarações feitas por ele, nas quais acusava ministros do STF de envolvimento em supostos esquemas de corrupção ligados ao processo eleitoral. “Quais eram os indícios que o senhor tinha de que nós estaríamos levando US$ 50 milhões, US$ 30 milhões?”, questionou Moraes.
Diante da cobrança, o ex-mandatário recuou. Disse não ter qualquer prova das acusações e classificou a fala como um “desabafo” feito em uma reunião privada. Ele pediu desculpas aos magistrados.
“Não tem indício nenhum, senhor ministro. Tanto é que era uma reunião para não ser gravada. Um desabafo, uma retórica que eu usei. Se fossem outros três ocupando, teria falado a mesma coisa. Então, me desculpe, não tinha qualquer intenção de acusar de qualquer desvio de conduta os senhores três”, afirmou.
Bolsonaro é apontado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como figura central na suposta organização que atuou pela ruptura democrática.
