O ministro do Supremo Trbunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que vai presidir o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante as eleições de 2022, afirmou que o Judiciário é alvo de ‘discurso de ódio’ e de ameaças ‘não duas ou três vezes’, mas ‘dez vezes por dia’, ‘diuturnamente’, informa o Estado de S. Paulo.
Em palestra no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, no encerramento do 6º Curso de Pós-Graduação em Direito Eleitoral e Processual Eleitoral da Escola Judiciária Eleitoral Paulista (EJEP), Moraes falou sobre a tarefa da Justiça Eleitoral de combater as milícias digitais com ‘firmeza e serenidade’, de modo a garantir ao eleitor a ‘liberdade do voto’.
“Não só combater atividades ilícitas, crimes praticados pelas milícias digitais, garantindo a liberdade do eleitor em escolher seu candidato, qualquer seja, para que ele possa escolher com liberdade. Só se escolhe com liberdade aquele que tem informações corretas, não sofre coações, não é bombardeado por mentiras, discurso de ódio, notícias fraudulentas, preparadas para fraudar determinado objetivo, a veracidade das eleições, atentar contra a democracia”, frisou.
A palestra do ministro aconteceu em meio a diversos episódios de violência política, como o lançamento de uma bomba caseira contra a platéia do ato do ex-presidente Lula (PT) no Rio de Janeiro e o assassinato do militante petista Marcelo Arruda pelo terrorista bolsonarista Jorge José Guaranho. Moraes nãocitou nenhum caso específico, mas falou em uma ‘máquina de informações fraudulentas’, milícias digitais, discurso de ódio e de violência, e de incentivo a atentados contra a democracia. “O respeito à livre escolha de cada um dos mais de 150 milhões de eleitores é sagrado e deve ser defendido por todas as autoridades no âmbito dos 3 Poderes”.


