O presidente Jair Bolsonaro fez uma rápida participação no ato organizado em Brasília por seus apoiadores contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e em defesa do deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), que foi condenado a oito anos e nove meses de prisão por ataques à democracia, mas recebeu perdão presidencial. O presidente chegou por volta de 11h30 e fez uma caminhada. “Vim cumprimentar o pessoal que está aqui numa manifestação pacífica e em defesa da Constituição, da democracia e da liberdade”, afirmou ele em transmissão ao vivo em suas redes sociais.
O presidente foi anunciado no carro de som e caminhou entre apoiadores, separados por grades de proteção. Ficou cerca de dez minutos e, sem discursar, retornou ao Palácio da Alvorada, onde mora, com o comboio de carros oficiais.
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O presidente Jair Bolsonaro acenou para apoiadores durante manifestação pró-governo em Brasília — Foto: Reprodução/Facebook
Bolsonaristas circulam pela manifestação, em frente ao Congresso Nacional, enrolados em bandeiras do Brasil e com camisetas com frases como “Meu partido é o Brasil”, “Deus, Pátria e Liberdade” e “Brasil Acima de Tudo, Deus Acima de Todos”. Nos carros de som, manifestantes pediram o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF. “Fora, Xandão”, gritaram. Uma das faixas que foram colocadas no local pede “criminalização do comunismo e destituição dos ministros (do STF)”.
Aliados de Bolsonaro tinham aconselhado ele a não ir no ato para evitar uma escalada do conflito com o Supremo. A avaliação é de que o chefe do Executivo teve ganhos políticos ao confrontar o STF no caso Silveira e agora é preciso baixar a temperatura da crise.

Pivô do novo embate entre o presidente e o STF, Daniel Silveira participou de ato em Niterói e era esperado também no Rio e em São Paulo.
O ato também tem faixas com críticas à esquerda, ao ex-presidente Luiz Inácio Inácio Lula da Silva (PT) e à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Os deputados Bia Kicis (PL-DF) e Sanderson (PL-RS) e o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, estão no local.
“Não aceitamos Alexandre de Moraes ou qualquer outro ministro atacando a liberdade de expressão. Nós jamais aceitaremos”, disse Sanderson. “Ontem foi com o deputado Daniel Silveira, amanhã será com o deputado Sanderson, ou com a deputada Bia Kicis, ou com qualquer um de nós.”
Aliados de Bolsonaro tinham aconselhado ele a não ir no ato para evitar uma escalada do conflito com o Supremo. A avaliação é de que o chefe do Executivo teve ganhos políticos ao confrontar o STF no caso Silveira e agora é preciso baixar a temperatura da crise.
Pivô do novo embate entre o presidente e o STF, Daniel Silveira participou de ato em Niterói e era esperado também no Rio e em São Paulo.