
De forma concreta, o governador de São Paulo, João Dória, saiu da Paraíba com a semente plantada de um pré-candidato do PSDB à presidência que sabe o que quer, enfrenta resistência, mas respeita a concorrência, só que decidido ao projeto abre o diálogo com todos os partidos desde respeitando as situações locais/estaduais.
Na Paraíba, Dória sabe que conta de forma fechada com o apoio do deputado federal Ruy Carneiro, responsável por toda a agenda no Estado, ainda tem dúvida do apoio de Cássio Cunha Lima e até se ressente do distanciamento do ex-senador, mesmo com a presença do deputado federal Pedro Cunha Lima, em tese apoiador da candidatura de Eduardo Leite.
Nos bastidores houve burburinho e desmentido sobre acenos ao Cidadania, na Paraíba liderado pelo governador João Azevêdo, mas de fato ele disse ter relacionamento bem resolvido com o partido, mas observando as conjunturais locais – no caso paraibano de oposição ao governo.
DISCURSO ESTRATÉGICO
João Doria é um quadro político a merecer respeito, mesmo que haja questionamento forte da Esquerda sobre seu perfil ideológico à Direita, inclusive privacionista, pois defende, por exemplo, a privatização da Petrobras, entretanto, ele, sim, tem discurso arrumado de enfrentamento aos contendores.
Na essência, o desempenho de São Paulo é referência a ser levado em conta, mesmo que na Capital haja desgastes das gestões tucanas continuadas, mesmo assim a posição do Estado no trato da COVID produzindo as vacinas que amenizaram o enfrentamento ao vírus é um dos ensaios de seu discurso.
É evidente que em caso de disputa presidencial, ele e o PSDB vão enfrentar o discurso crítico sobre o impeachment de Dilma pelo acordo com chamado Golpe para construir Bolsonaro e cia.
Em síntese, para seu intento de pré-candidato, Doria saiu do Estado marcando posição tendo saldo positivo, pois plantou sementes de futuro.

