Com a exoneração de Maurício Valeixo do comando da Polícia Federal, publicada no Diário Oficial da União (DOU) nesta sexta-feira (24), os integrantes da cúpula da corporação devem entregar os cargos. O grupo é formado por oito diretores. Internamente, o ato é considerado de praxe sempre que há substituição no cargo máximo da PF. O único que permanecerá é o corregedor, pois tem mandato.
Atualmente, os delegados que ocupam altos cargos na corporação atuaram com Valeixo na Operação Lava Jato e lidam com apurações delicadas, que podem chegar ao Planalto, como é o caso da operação que investiga as “Fake News”. O caso tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).
Um dos delegados que vai sair é Érika Mialik Marena. Ela assumiu o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), da PF, na mesma época que o Valeixo virou diretor-geral.
Com a saída de Moro, o nome mais cotado para a direção-geral, e que tem bom trânsito no Planalto, é o delegado da PF Alexandre Ramagem. Atualmente, ele é diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Pedido de demissão de Moro
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, anunciou durante entrevista coletiva, a sua demissão nesta sexta-feira (24). O ex-juiz federal deixa a pasta após um ano e quatro meses no primeiro escalão do governo do presidente Jair Bolsonaro.
Durante a entrevista, ele afirmou que o chefe do Executivo, ainda em 2018, antes de aceitar o cargo, deu “carta branca” para atuar no combate a criminalidade, e que por isso, aceitou o convite. Com a exoneração do diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, contra a sua vontade e interferência do Planalto, Moro afirmou sua permeância no governo ficou insustentável.
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Escrito por: Edney Oliveira