Cida Ramos declara independência na ALPB, acredita em reestruturação do PSB e se defende da Calvário: “a verdade será restabelecida”, diz

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A deputada estadual Cida Ramos (PSB), uma das 35 pessoas notificadas pelo Poder Judiciário após a denúncia formulada pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) no bojo da Operação Calvário, não tem se esquivado de falar com a imprensa. Esta semana, no retorno aos trabalhos na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), a parlamentar comentou sobre a nova relação com o Governo do Estado, sobre o enfraquecimento do PSB e sobre as acusações de participação em suposta organização criminosa acusada de desvio de recursos públicos.

Na oportunidade, a deputada afirmou que manterá postura independente nas votações de projetos de Lei que estiverem em discussão na Casa de Epitácio Pessoa, e negou ingresso na bancada de oposição ao Governo João Azevêdo (Cidadania). “Continuarei votando em tudo que for referente ao bem estar e a ampliação das políticas públicas. Eu fui eleita com uma mensagem muito forte, para a defesa dos direitos sociais, e, durante esse tempo todo do recesso, as pessoas diziam para me manter firme e na defesa daquilo que construí ao longo de minha trajetória política. Meu voto será de consciência”, disse.

“Manterei independência no que diz respeito a votações, e não votarei naquilo que não concordo. Todas as vezes que o governo acenar no sentido de fortalecer as políticas públicas, e de estar ao lado do povo da Paraíba, eu também estarei. Não farei oposição por oposição e nem estarei na bancada de oposição”, complementou.

Uma das pautas do Governo do Estado que Cida Ramos já sinalizou ser favorável é a criação da Fundação PBSaúde, para o gerenciamento de unidades hospitalares na Paraíba. “É um tema que peguei agora a documentação e estou estudando. Certamente votarei a favor”, comentou.

Saída de João do PSB

Cida Ramos evitou ainda tecer críticas a saída de João Azevêdo do PSB. Segundo ela, foi uma decisão “individual” do governador, restando ao partido se autoavaliar e buscar se reestruturar neste momento de dificuldade. “Eu penso que fica em partido quem se articula com projeto de partido. Entrar e sair de partido é algo individual, de foro íntimo. Só cabe a pessoa a dizer se está bem. Eu, por exemplo, jamais ficaria num canto onde não me sentisse plenamente realizada. Todos os partidos passam por isso, eu penso que é o momento do PSB fazer avaliações, se fortalecer e iniciar um novo processo”, comentou.

CPI da Calvário e impeachment

A deputada ainda negou conveniência com os pedidos de instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as acusações de desvio de recursos  público denunciados pela Operação Calvário, e também do impeachment do governador João Azevêdo, protocolizados pelos deputados Raniery Paulino (MDB) e Wallber Virgolino (Patriotas), respectivamente.

“Qualquer CPI que seja criada na casa, é um ato que parte de um deputado com o apoio dos demais. Então, eu não tenho nada a dizer sobre a iniciativa de Raniery. Eu acho que ele é um deputado, tem um trabalho próprio e que procure conquistar esses apoios. Cida Ramos não assina CPI que diga respeito [a Calvário]. Ele nem me procurou, não tem conversas comigo, então não me diz respeito assinar”, disse.

“Quanto ao impeachment, acho que não se coloca. Mas, é um direito que o deputado Wallber tem de protocolar, como qualquer outro deputado tem o direito de fazer o mandato de acordo com suas convicções. [Mas,] Não assinarei”, complementou.

Operação Calvário

Sobre a denúncia do MPPB, a deputada se defendeu e disse que mantinha a consciência tranquila em relação as acusações lhe impostas. Cida Ramos foi citada na sétima fase da Operação Calvário, denominada Juízo-Final, que apura o desvio de R$ 134,2 milhões em recursos da saúde e educação na Paraíba. Ela é citada como membro do núcleo político da suposta organização criminosa, ao lado do ex-governador Ricardo Coutinho (PSB), da colega de parlamento, Estela Bezerra (PSB), e da prefeita do Conde, Márcia Lucena (PSB).

“Quero dizer que confio na Justiça da Paraíba e a verdade será restabelecida. Se vocês viram os autos do processo, contra mim não pesa nada, a não ser minha atuação política que vem desde os meus 14 anos de idade. Então, acreditando nisso e que a verdade vai se restabelecer, eu estou muito tranquila. O que quero é o amplo direito de defesa e o devido processo legal que estão garantidos pela própria Justiça e Legislação Brasileira”, frisou.

Cida Ramos ainda evitou comentar sobre as acusações impostas a Ricardo Coutinho, apontado como líder da suposta organização criminosa investigada pelo MPPB. “Referente aos demais [denunciados] e ao governador Ricardo, ele tem o direito à ampla defesa e o devido processo legal. Ele constituiu uma banca de advogados que está de forma técnica organizando a defesa dele. Não tenho mais nada a falar em relação a isso”, disse.

Escrito por: Angelo Medeiros

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