A conjuntura política na Paraíba traz para o início de agosto uma série de fatos expondo a realidade das lideranças políticas, em especial governador João Azevêdo e o prefeito Luciano Cartaxo em contextos diferentes, pois o líder municipal não enfrenta problemas internos, mas no caso estadual percebe-se situação de incômodos em vários níveis, inclusive a perseguição federal do presidente Bolsonaro.
Azevêdo entrou na mira maluca do destemperado chefe do executivo federal, mas tem criado situações novas de atração de investimentos e dinheiro novo a dar impulso ao Governo, que chega ao oitavo mês com aprovação de 60 por cento dos paraibanos. Em ano de escassez profunda, manter ritmo de entrega de obras e serviços não é para qualquer um.
DRAMAS INTERNOS VS CONJUNTURA
Se reparar direito, os desconfortos de João Azevêdo têm sido criados internamente na base por parte de setores do PSB, que não querem entender a nova composição política na Assembleia Legislativa da Paraíba e a relação com prefeituras a exigir reacomodação.
É simples de entender: com Ricardo Coutinho, gestor de comprovada competência, ele no primeiro mandato teve 30 deputados contra sua reeleição, melhorou no segundo tendo maioria embora dando maior prestígio a poucos girassóis.
Na atualidade, João Azevêdo tem 22 deputados a favor. Estendendo ao plano municipal em conexão, o governador tem 165 prefeitos apoiando enquanto Ricardo tinha 78.
Não tem mistério: o lençol se mantém muito curto para abrigar tanta gente.
IDEOLOGIA E SOBREVIVÊNCIA
A dados de agora, não há um só afastamento de João Azevêdo de seu estilo técnico, firme nas lutas do PSB, corajoso no enfrentamento à perseguição federal, partidário leal e comprometido com o projeto iniciado e liderado por Ricardo Coutinho.
Só que João é João, tem estilo próprio e conduz o governo aprovado precisando ter sabedoria para não perder o prumo da conjuntura política, porque sem domínio total do cofre e o controle das demandas imensas da sociedade – imagine dos aliados – certamente estaria correndo perigo.
Esta é a dura realidade. Pressão imensa e a realidade restritiva impacientando para buscar resolver no grito.
A RELAÇÃO COM LUIS TORRES
O governador foi tão pego de surpresa que já se passaram dois dias sem ele ter tido condições de indicar o (a) substituto (a) de Luís Torres, este deixando o cargo por opção de vida e nunca por motivação qualquer ou de crise.
A confirmação veio na noite desta quarta-feira (1), com a volta do experiente Nonato Bandeira ao cargo.
Luis fez um ótimo trabalho e chegou à exaustão em 6 anos.
Em síntese, há impaciência e estímulo para tirar João Azevêdo do sério, mas pelo jeito vai ser difícil conseguir.
Escrito por: Angelo Medeiros