O ex-diretor-superintendente da Odebrecht, Carlos Armando Paschoal, disse à Justiça de São Paulo, durante novo depoimento, que foi “quase que coagido a fazer um relato sobre o que tinha ocorrido” e que teve que “construir um relato” no caso do sítio de Atibaia que rendeu a segunda condenação ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso em abril de 2018 após investigações da Operação Lava Jato.
Paschoal prestou depoimento no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) no último dia 3 de julho como testemunha. As informações são apontas reportagem do jornalista Nathan Lopes, no Uol.
“No caso do sítio, que eu não tenho absolutamente nada, por exemplo, fui quase que coagido a fazer um relato sobre o que tinha ocorrido. E eu, na verdade, lá no caso, identifiquei o dinheiro para fazer a obra do sítio. Tive que construir um relato”, disse.
O ex-diretor explicou que isso seria “construir um relato”, apontando algo como “olha, aconteceu isso, isso, isso e isso; e eu indiquei o engenheiro para fazer as obras”. Paschoal não explicou exatamente como teria sido a coação do MP nem deu mais detalhes sobre se o que teria sido “construído” em seu depoimento.
Escrito por: Edney Oliveira


