Ricardo opina que Ciro não deve ‘remoer’ eleições, crê em derrubada de reforma e comenta saldo da Lava Jato: “Trágico”

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Por Wallyson Costa / Portal WSCOM 

O ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) revelou, em entrevista à Carta Capital, que houve uma tentativa de aproximação do grupo de líderes de esquerda que conta com o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT); o presidente do PSOL, Guilherme Boulos; e ele próprio, ao ex-candidato à presidência, Ciro Gomes (PDT). O grupo, que também se uniu ao governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), e a vice-presidente do PSOL, Sônia Guajajara, busca a afinidade dentro do campo progressista.

 Ricardo opinou que para as lideranças da esquerda que ainda não se uniram, como o caso de Ciro Gomes, há a necessidade de deixar de lado resquícios da eleição, e não ficar ‘remoendo’ o que passou no período eleitoral.

“Com o Ciro, o próprio Haddad e o Boulos têm tentado uma certa aproximação. O que eu acho é que ninguém pode valorizar, a não ser com outras intenções, resquícios de disputas eleitorais. Disputas eleitorais são isso mesmo, você bate e leva… não adianta ficar remoendo isso para frente porque a conjuntura impõe uma unidade a aqueles que se consideram no mesmo campo”, disse.

Previdência

O ex-governador opinou que a Reforma da Previdência, projeto do Governo Bolsonaro que ainda não passou pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Federal, não deve ser aprovado. Ele citou a incompetência do Governo como uma das razões para a derrubada do texto.

“Acho que não [será aprovada], do jeito que está, não. Acho que tem um fator forte da incompetência do governo, um ataque gratuito que se faz do presidente com a Casa, a Câmara dos Deputados. Não é algo muito normal do Brasil, aliás, em canto nenhum. Você tem choques, mas tem que ser administrados, particularmente de quem está no Executivo”, pontuou.

Lava Jato

Após cinco anos de Operação Lava Jato, Coutinho apontou como ‘trágico’ o saldo do conjunto de investigações. Segundo o político, a economia do país foi ‘estraçalhada’.

“A Lava Jato talvez na opinião de alguns tenha buscado perseguir isso [a corrupção], mas sinceramente o saldo é trágico, o Brasil se estraçalhou enquanto economia. Nos Estados Unidos a coisa mais difícil é quebrar uma empresa, às vezes você tira tudo do empresário, mas a empresa não. No Brasil, as empresas de ponta foram todas quebradas, ficaram sem competitividade”, salientou.

Confira a entrevista na íntegra de Ricardo:

ricardo Coutinho

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