O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes fez críticas nesta segunda-feira (1º) à petição apresentada pelos advogados do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva ao Comitê de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, no último dia 18.
O documento impetrado pelos advogados Cristiano Zanin Martins, que representa Lula no Brasil, e o especialista em direitos humanos Geoffrey Robertson, denuncia o juíz Sérgio Moro e os procuradores da Operação Lava Jato de “abuso de poder” e parcialidade.
“No mínimo, eu diria que era uma ação precipitada, mas deve ter uma lógica no campo político, onde o presidente atua com maestria. Não me parece que seja questão de ser analisada no plano jurídico. Me parece que é mais uma ação de índole política”, comentou Gilmar Mendes, em entrevista antes da reabertura dos trabalhos do Supremo nesta tarde.
Ele citou tribunais brasileiros, como Tribunal Regional Federal, o Superior Tribunal de Jusitça ou o próprio Supremo Tribunal Federal, como caminhos que deveriam ter sido procurados por Lula para criticar o magistrado de Curitiba. Ele destacou que outras pessoas estão sendo investigadas por Moro e nada reclamaram até agora.