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Polícia Federal investiga suspeita de fraude no Enem
OPERAÇÃO
19/01/2018
A Polícia Federal (PF) realizou na manhã desta sexta-feira (19) uma operação de busca apreensão em Salvador para investigar uma suspeita de fraude ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2017 em Salvador.
De acordo com a PF, durante a correção da prova do estudante, foi identificado que a redação dele tinha um trecho copiado na íntegra da sinopse do livro “Redação de Surdos: Uma Jornada em Busca da Avaliação Escrita”, da autora Maria do Carmo Ribeiro, disponível em sites da internet.
A operação aconteceu na residência do estudante em um bairro da capital baiana, que não foi divulgado. A PF informou que a suspeita de fraude foi identificado durante a correção das provas cujo tema era “Desafios para a Formação Educacional dos Surdos”.
“A partir da comunicação da suspeita à Polícia Federal foi instaurado inquérito policial e solicitada à Justiça Federal a expedição do mandado de busca, cujo objetivo é localizar elementos de prova que levem ao esclarecimento completo da fraude e à identificação de outras pessoas eventualmente envolvidas”, afirmou a PF em nota que apreendeu na casa do estudante a prova e outros itens.
A PF não informou o modo como o estudante teria copiado o trecho do livro. “Foi um plágio detectado pelo Inep , autarquia federal do Ministério da Educação responsável pelo Enem. O participante copiou a íntegra da sinopse de um livro sobre o tema, o qual possui grande divulgação na internet, em sites sobretudo de livrarias. As investigações estão a todo vapor para desvendar o modus operandi da fraude. O plágio é total contém a íntegra da sinopse do livro e não parte dela. Com a busca na residência do participante aprendeu-se o aparelho celular que será periciado e junto com outras medidas de investigação iremos elucidar o caso”, afirmou ao CORREIO a delegada da PF Suzana Jacobina, que investiga o caso.
Uma vez confirmadas as suspeitas, segundo a PF, o investigado deverá ser indiciado pelo crime de fraude em certame de interesse público, previsto no artigo 311-A do Código Penal, cuja pena é de 1 a 4 anos de reclusão e multa.
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