A perícia realizada no ônibus escolar envolvido no acidente que matou dois adolescentes e deixou 31 feridos na rodovia PB-077, entre Pilões e Cuitegi, identificou uma série de irregularidades no veículo. Segundo o chefe de criminalística de Guarabira, Aldenir Lins, o ônibus não possuía cintos de segurança nos assentos dos passageiros, o tacógrafo estava inoperante e o veículo não tinha selo de vistoria do Detran-PB.

O veículo era de propriedade particular e estava locado pela Prefeitura de Pilões para o transporte de estudantes. A perícia apontou que o modelo estava configurado para uso urbano e não atendia às exigências para transporte escolar. Dos 48 assentos, apenas o do motorista contava com cinto de segurança, item obrigatório em qualquer tipo de transporte de estudantes.

“O veículo comporta 48 passageiros e apenas o motorista tem o cinto de segurança”, afirmou Aldenir Lins. Segundo ele, o ônibus também não passou por vistoria técnica obrigatória antes de entrar em circulação para essa finalidade. “Ele está nas condições típicas de transporte urbano e não é adequado para transporte escolar”, completou.

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A perícia começou no mesmo dia do acidente, na terça-feira (1º), mas foi continuada na Companhia de Trânsito de Guarabira, onde o veículo foi rebocado. Uma equipe de engenheiros mecânicos de João Pessoa acompanha os trabalhos. Nesta fase, foi retirada a parte elétrica do veículo, que será analisada em laboratório. Também será desmontado o sistema de freios, já que há suspeitas de falha mecânica como uma das possíveis causas do acidente.

O laudo técnico não tem prazo para ser concluído. A investigação apura se o acidente teve origem mecânica, humana ou uma combinação de ambos os fatores. A Polícia Científica descartou falhas na via como causa do ocorrido.